Ao ver a lista de inscritos para a Libertadores, o palmeirense se surpreendeu com dois nomes: Vitão e Léo Passos. Os dois substituem os lesionados Thiago Martins e Moisés, inclusive na numeração - ou seja, Léo começa o torneio com a camisa 10; Vitão, com a 13. Ambos vêm da base e participaram da campanha em que o Verdão chegou ao vice-campeonato do Mundial sub-17.
Léo Passos está prestes a completar 18 anos e chegou ao Palmeiras em 2013, captado da Ponte Preta. Ele foi o artilheiro do clube no Paulista sub-17 de 2016 com 11 gols e fez mais dois gols na Copinha deste ano.
Ele assumiu a camisa 10, pois, caso se recupere a tempo, Moisés entrará na sua vaga no mata-mata. Não é possível mudar a numeração no decorrer da competição. Ou seja, o jogador que entra depois assume a vaga e a numeração daquele que saiu da lista.
Vitão, por sua vez, tem 17 anos completados em fevereiro e venceu Augusto na briga pela vaga de Thiago Martins - o segundo já tem 19 e mais experiência no profissional. O zagueiro, captado no fim de 2015 do PSTC-PR, também participou da Copinha deste ano e é o capitão da Seleção sub-17.
Desde o início de sua passagem pelo Palmeiras, Vitão convive com convocações para a Seleção. Ele e Léo Passos realizaram a pré-temporada com o profissional, após a Copinha. Os dois reforçaram o grupo de Eduardo Baptista, junto do goleiro Daniel Fuzato, Augusto, Maílton e Matheus Bahia. Só o arqueiro ficou.
Léo Passos está treinando no Palmeiras, enquanto Vitão participa do Sul-Americano com a Seleção sub-17. A dupla ainda tem em comum o fato de ter pulado de etapa e uma passagem curta pelo sub-20 até o profissional, como já aconteceu com outros destaques da base recentes; Vitinho e Gabriel Jesus são dois exemplos. Vitão foi, inclusive, relacionado para o amistoso contra a Chapecoense, em janeiro.
Com 30 jogadores inscritos e podendo ter apenas sete no banco de reservas na Libertadores, os dois vão ter chances apenas em situações extremas. Tanto Thiago Martins quanto Moisés tiveram lesões no joelho e têm prazo de retorno de, pelo menos, seis meses. Neste cenário, os dois poderiam voltar perto das quartas de final, prevista para acontecer em setembro.