A proposta do Shandong Luneng (CHN) é considerada a melhor que Dudu já recebeu desde que chegou ao Palmeiras. Consequentemente, o atacante está mexido com a possibilidade de sair, mas o Verdão não aceitará facilmente. O clube considera que precisa encontrar um jogador no mercado para repor à altura o camisa 7, e sabe que as opções estão escassas.
Os chineses já mostraram a intenção de pagar 10 milhões de euros (R$ 45,4 milhões) ao Verdão, podendo até chegar a 12 milhões de euros (R$ 54,4 milhões) - o Palmeiras é dono de 100% dos direitos econômicos de Dudu.
O valor agrada a membros da diretoria, mas há a ressalva de que a negociação do camisa 7 agora prejudicaria o clube desportivamente, já que Keno foi vendido nesta janela de transferências. Hoje, o elenco tem para o ataque, além de Dudu, apenas Borja, Deyverson, Willian e Artur.
Como já fez mais de R$ 90 milhões em transações recentes (Daniel Fuzato, João Pedro, Tchê Tchê, Fernando e Keno), a condição financeira é confortável e não obriga o Palmeiras a necessariamente fazer o negócio.
A situação, em resumo, é essa: Dudu tem interesse em aceitar a oferta, porém o Palmeiras precisa encontrar alguém no mercado com capacidade para repor um ídolo da torcida. Sem esta segunda parte, o clube fará de tudo para não vender o camisa 7, mesmo se ele, de fato, disser que sua vontade é ir embora. Teria, então, de convencê-lo mais uma vez a permanecer.
Bernard, que deixou o Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, é um jogador há anos na pauta palmeirense, mas conversa com times da Europa e China, mercados mais fortes financeiramente. Sua contratação, portanto, não é considerada uma possibilidade hoje.
O Palmeiras tem encontrado dificuldade para encontrar reforços nesta janela. Muitos jogadores na Série A já atingiram a marca de sete jogos e não podem se transferir para outras equipes, e o mercado internacional está caro. O presidente Maurício Galiotte avisou que não fará loucuras com contratações.
Dudu foi contratado em 2015 e custou 6 milhões de euros. Ele o clube tinham um acordo de que se viesse uma proposta pelo dobro deste valor, fariam negócio. O Changchun Yatai, também da China, chegou à quantia em janeiro, mas o clube deu um aumento para o jogador e renovou seu contrato até 2022 para segurá-lo. Em 2017, ele também havia recebido um aumento.