Abel Ferreira caprichou com suas declarações nas coletivas do Palmeiras (Foto; Cesar Greco/Palmeiras)
Apesar de estar na semifinal da Libertadores e disputar as primeiras posições do Brasileirão, o Palmeiras não vem em boa fase. No mês de setembro, por exemplo, o time marcou apenas um gol e venceu apenas um jogo dos últimos seis disputados. Nesse meio tempo, Abel Ferreira, como de costume, roubou a cena em suas entrevistas coletivas. O treinador foi desde "pazes com os microfones", até comparar a sua avó com um caminhão. Relembre cinco momentos inusitados do português nesse período.
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PALMEIRAS 1 x 0 GOIÁS - MEA-CULPA E DEFESA DE BRENO LOPES
O Verdão conseguiu uma vitória nos acréscimos do jogo diante do Esmeraldino e o autor do gol salvador foi Breno Lopes, que vinha sendo muito criticado pela torcida. Ao balançar a rede, o atacante correu em direção à arquibancada e mostrou o dedo médio para a principal organizada do clube. Na mesma hora, os jogadores correram para segurá-lo. Já depois do jogo, o próprio Abel Ferreira foi acalmar os torcedores, que ficaram revoltados. Na coletiva, em momento apaziguador, o treinador assumiu que ele mesmo é o primeiro a errar.
- O primeiro a cometer erros aqui sou eu, já fui expulso muitas vezes, por muitas vezes não controlei minhas emoções, apesar de que agora estou diferente, bem melhor nesse aspecto - declarou o português.
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GRÊMIO 1 x 0 PALMEIRAS - PAZES COM OS MICROFONES
Antes mesmo do apito final, Abel Ferreira deixou o campo revoltado com a arbitragem e, de cabeça quente, insinuou que o Palmeiras havia sido "roubado". No entanto, mais calmo na coletiva, ele mudou o discurso e não criticou a atuação do juiz. O destaque entre as respostas para os jornalistas, porém, foi a revelação sobre as pazes que ele fez com os microfones da beira do campo, que já foram alvos da ira do técnico. Ele ainda solicitou à CBF que pare de deixar um cameraman focado somente em suas ações.
- Eu quero fazer um pedido para tirar um cameraman de trás, não sei se a visão é boa, mas tem sempre um ao meu lado, se puderem tirar. Acho que o microfones já me dou bem com ele, já fizemos as pazes. Agora, se vocês me fizeram o favor de tirar o cameraman… Lá em Portugal nós chamamos de emplastro, tem sempre um cara aqui ao meu lado, para o ver o que eu faço, ouvir o que eu falo…
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BOCA JUNIORS 0 x 0 PALMEIRAS - RECUPERAÇÃO RELÂMPAGO DE DUDU
De todas as coletivas desse período de má fase, certamente essa na Bombonera foi a mais tensa de todas. Visivelmente irritado, Abel Ferreira deu declarações atravessadas desde sua primeira resposta, principalmente quando os questionamentos eram sobre o desempenho ofensivo do time e as soluções para a ausência de Dudu. Já sem paciência para argumentar seus pontos, o treinador chegou a dizer que vai ver com o departamento médico se o Baixola já está pronto para voltar. Detalhe: a recuperação de sua cirurgia no joelho pode ser de nove a 12 meses.
- Vou falar com o departamento médico, se o Dudu estiver pronto, ele joga. Eu também tenho muitas dúvidas, é acreditar no elenco, desde que eu cheguei é dar o meu melhor, arranjar soluções. Valorizar os moleques, para esses jogos precisamos de jogadores pesados, com experiência.
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BRAGANTINO 2 x 1 PALMEIRAS - A AVÓ DE ABEL FERREIRA
O Verdão foi derrotado fora de casa, pelo Brasileirão, mas o principal assunto da coletiva pós-jogo foi a decisão com o Boca Juniors, pela Libertadores. Nas perguntas, muitas projeções e possibilidades, mas Abel Ferreira mostrou que não gosta do "se" para planejar as partidas do Alviverde. Tanto é que ele usou um exemplo inusitado, inclusive citando a sua avó e um caminhão.
- Eu não vivo com se, se, se. Se a minha avó tivesse rodas, ela seria um caminhão - declarou o treinador.
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BRAGANTINO 2 x 1 PALMEIRAS - ABEL E O TRABALHO INFANTIL
No mesmo jogo, Abel Ferreira optou por preservar todos os titulares e escalou um time totalmente reserva, inclusive com jovens do sub-20 completando o banco. Mesmo com a derrota, o treinador quis valorizar alguns pontos, principalmente a utilização de algumas Crias da Academia, que vão ganhando "casca". Com isso, o português, em tom de ironia, disse temer que seja acusado de forçar o trabalho infantil.
- Eu acho que qualquer dia vou ser acusado por trabalho forçado de crianças, porque não são maiores de idade. Ainda vou ser acusado por colocar moleques sem idade para trabalhar. É isso que temos que valorizar.
