Com documento de 1920, Ambev cobra WTorre por direitos no Allianz
Empresa quer ter exclusividade na comercialização de bebidas no estádio do Palmeiras, algo previsto em escritura antiga do terreno. Naming rights também são citados
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A WTorre, construtora responsável pela administração do Allianz Parque, recebeu uma carta em que a Ambev cobra direitos comerciais no estádio. A reivindicação está baseada em uma antiga escritura do terreno, datada de 1920.
O espaço onde hoje fica a arena palmeirense foi comprado naquela época da Antarctica, uma das marcas que atualmente pertencem à Ambev. Ficou estabelecido que a empresa teria exclusividade na venda de bebidas no estádio e alguns outros benefícios, como a reserva de lugares nobres na arquibancada para seus diretores. Popularmente, o local foi chamado de Parque Antarctica até a construção da nova arena.
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Com base nisso, a Ambev busca alguma contrapartida na casa palmeirense. Segundo o L! apurou, a intenção da empresa é exatamente a exclusividade na venda de bebidas no estádio, cota que é negociada pela WTorre. Outra possibilidade seria uma mudança no naming right da arena para “Allianz Parque Antarctica”, retomando assim a denominação popular que perdurou por décadas entre os torcedores.
Após ser notificada, a WTorre acionou seu departamento jurídico para cuidar do caso, mas acredita que a discussão não terá eco. Na escritura apresentada à construtora na ocasião da assinatura do acordo com o Palmeiras já não constava a participação da Antarctica. O documento de 1920 abrangeria um espaço que não é mais da maneira descrita.
A WTorre vendeu o nome da arena para a Allianz por R$ 300 milhões, divididos em 20 anos, podendo renovar por mais dez. Antes, diz ter oferecido os direitos à própria Ambev, já que o nome “Parque Antártica” já era conhecido pelos torcedores. A empresa teria respondido, à época, que preferia aliar a marca Brahma ao futebol e recusou a oferta.
Contatada, a Ambev confirma a notificação mas nega que tenha reivindicado o naming rights e a venda exclusiva de bebidas no estádio. A Allianz não quis comentar o caso.
O contrato da WTorre com o Palmeiras é de 30 anos. Nos cinco primeiros anos, a construtora repassa ao clube 5% da receita, valor que cresce 5% a cada cinco anos.
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