Roger deixou a Arena Corinthians dizendo que prefere ver o "copo meio cheio" após o Palmeiras sofrer a primeira derrota de 2018. Com atuação criticada e reclamações contra o árbitro Raphael Claus, o Verdão trabalha para que o resultado no Dérbi não abale o ambiente às vésperas da estreia na Libertadores. E os próximos dez dias serão decisivos para a continuidade da paz na Academia de Futebol.
Isto porque na quinta-feira o Verdão enfrenta o Junior Barranquilla, na Colômbia, pela primeira rodada da Libertadores. Quatro dias depois, volta a campo para enfrentar o São Caetano, no Allianz Parque, pelo Paulistão e na quinta-feira seguinte recebe o São Paulo, também no Palestra pelo Estadual.
- O peso da derrota no clássico tem impacto, cabe a nós gerenciarmos. Foi o primeiro Dérbi do ano, da fase classificatória do Paulista. Muitos veem como divisor de águas e não pode ser um divisor de águas um clássico em fevereiro, com oito meses ainda de trabalho. Até o jogo da Libertadores vai ser absorvido por todos - avisou o técnico.
A sequência é dura. Jogo na principal competição do ano, com uma viagem longa, e intervalos curtos entre os três compromissos. Ainda que Roger argumente que o Palmeiras segue com a melhor campanha no Paulistão, o revés em Itaquera fez com que o time, que iniciou a temporada com seis vitórias seguidas, agora acumule três partidas sem vencer - antes vieram empates com Linense e Ponte Preta.
A equipe neste pequeno jejum já começou a ouvir cornetas mais intensas de torcedores. O trabalho do treinador nos próximos três dias é filtrar as avaliações para que o time não se abale.
- Apesar da derrota, a primeira no campeonato, são nove jogos, seis vitórias, dois empates e uma derrota agora, com boa vantagem na nossa chave, em busca da classificação. Agora é Libertadores, ver o que foi feito de bom, o que pode ser feito de diferente e voltar o foco total para a competição - reforçou.
Em relação ao grupo que perdeu no sábado, Edu Dracena e Moisés podem ser novidades entre os relacionados contra o Junior Barranquilla. Os dois já estão treinando com o grupo após uma pré-temporada mais longa e têm condições de voltar. O que pode pesar é o fato de estarem treinando há pouco tempo e na Libertadores serem permitidos apenas sete jogadores no banco, não 12, como no Paulistão.
- Tenho que avaliar o que produzimos até a expulsão, tirar os aprendizados, mas sabendo que foi um clássico da fase classificatória. Volto a dizer que é importante, ninguém gosta de perder clássicos, mas temos uma estreia na Libertadores e temos que aprender as lições para levar de forma positiva. Prefiro ver o copo meio cheio, não meio vazio - encerrou Roger.