Moisés foi apresentado no Palmeiras dia 13 de janeiro e se machucou gravemente no dia 15 de fevereiro. Em pouco mais de um mês, conseguiu mostrar que poderia ser útil ao Verdão, mas não teve tempo para emplacar uma sequência de jogos. Afastado por dois meses dos gramados, trabalhou em dois períodos e está recuperado. Nesta segunda-feira, contou à imprensa como controlou corpo e mente para conseguir voltar mais forte. Agora, projeta ganhar espaço com o velho conhecido Cuca.
- Claro que foi muito complicado, nessas horas você tem que se apegar à família, aos amigos, e eu descontei um pouco na comida também, era a minha forma de ficar bem. Mas depois, passei a trabalhar o psicológico além da parte física, isso foi importante. Tomei ciência de que poderia voltar ainda mais forte ao time e o pensamento agora é esse - disse o jogador em coletiva de imprensa. Ele sofreu uma fratura no pé esquerdo.
Grato ao Departamento Médico do Palmeiras pela pronta recuperação, o meia contou que trabalhou a maioria dos dias em dois períodos dentro do clube para ajudar no tratamento. Com o retorno de Moisés, o meio-campo do Verdão ganha ainda mais concorrência.
- Sempre que eu joguei contra os times do Cuca vi que marcam em cima, tem velocidade, e isso ele está tentando implementar isso aqui, quer que a gente chegue rápido ao gol adversário. Linhas próximas e velocidade na saída de bola, essa é a característica dele. Agora temos que esperar para ver como ele vai querer me utilizar, gosto de jogar como meia ou como um volante que sai mais - completou.
O elenco do Palmeiras viaja na tarde desta segunda-feira para Atibaia, onde passará a fazer treinos táticos que definirão a equipe para a estreia no Campeonato Brasileiro, sábado, no Allianz Parque, contra o Atlético-PR. Durante a semana, o Verdão tem jogo-treino marcado contra o Guarani.
Confira a íntegra da entrevista coletiva de Moisés:
Controle da ansiedade
Claro que fica um pouco de ansiedade para saber se vou ser utilizado ou não. Antes de machucar, estava muito bem no dia a dia, eu confio no meu trabalho. Se cheguei no Palmeiras, é porque tenho qualidades. Quero me firmar com essa camisa maravilhosa.
Conversa com Cuca
O Cuca fala com todo mundo, chama, conversa, já batemos um papo sim, enfrentei muito o Cuca em Minas, eu no América e ele no Atlético. Espero que possamos conquistar coisas juntos. O Palmeiras pensa grande e vamos querer títulos.
Marcelo (Oliveira) foi um profissional muito bacana, mas o time não encaixou com ele. Agora é outro momento, a partir do jogo contra o Rio Claro, o grupo deu uma resposta diferente. Acabamos o campeonato de forma invicta. O Cuca tem uma forma dinâmica de trabalhar junto com os jogadores, vamos começar bem o Brasileirão.
Concorrência no meio
Acho que é importante a concorrência, agora com o tempo de treinamento, com o Cuca podendo implantar o pensamento dele, fica uma concorrência saudável. Quem estiver em campo, é porque fez um grande trabalho no dia a dia.
Recuperação
Acho que Deus me abençoou muito, claro que tenho que agradecer ao DM do Palmeiras que teve muito cuidado na minha recuperação. Minha cirurgia foi feita no dia seguinte, fizemos um trabalho excelente. Agradecer aos atletas que me desejaram sorte, falaram para eu me esforçar, dizendo que eu me recuperaria logo. Deu para voltar o quanto antes.
Pressão por título brasileiro
Carregamos pressão por estar no Palmeiras, tem que brigar para ser campeão e carregamos isso quando vestimos essa camisa. Isso a gente tem que aprender a conviver e tirar o melhor. O pensamento tem que ser de entrar e ganhar os jogos.