Savério Orlandi, candidato da oposição à presidência do Palmeiras nas eleições que ocorrem no próximo dia 24, tem planos de gestão em que a prioridade gira em torno da "sustentabilidade financeira do clube e ares democráticos". O adversário de Leila Pereira tem planos para os próximos três anos de clube, caso passe a ocupar o cargo mais importante e manter o técnico Abel Ferreira no cargo é uma das ideias.
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Em entrevista exclusiva ao Lance!, o advogado foi direto ao falar sobre o treinador português: "meu pensamento hoje é que ele fique, sem dúvida nenhuma".
- Sei que eu assumindo a presidência do clube, ele ainda terá mais um ano de contrato, então vou conviver com ele durante o ano todo e, provavelmente no fruto desse convívio, terei a possibilidade de pensar na extensão do vínculo, que é o meu objetivo - afirmou Savério Orlandi.
Em relação aos planos de sua possível gestão, o candidato acredita o processo de excelência que o clube alcançou ao longo das últimas gestões presidenciais é quase "irreversível". Segundo ele, um mandatário precisaria "errar muito" para mudar o clube que está consolidado.
- Minha concorrente vem falando que uma eventual saída dela poderia precipitar ruína nesse processo, e o torcedor não deve acreditar nisso, porque isso não é verdade. Como todo processo, claro que ele também há de ser aperfeiçoado, aprimorado, o Palmeiras vai passar por grandes desafios no que diz respeito a futebol no próximo mandato, de curto prazo, a disputa do Mundial de Clubes, e depois no médio e longo prazo no restante da gestão, a transição desse elenco que foi esticado no limite e que vai passar por transição, já que estarão com contrato no fim - afirmou Savério
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Sustentabilidade financeira
- Quando a gente fala de sustentabilidade financeira, o Palmeiras hoje tem condição bastante interessante, segura, em relação à administração financeira e que diz respeito a dimensionamento de dívidas, a compromissos de médio e longo prazo, o Palmeiras tem uma dificuldade muito grande em seu fluxo de caixa a curto prazo e é isso que a gente precisa fortalecer um pouco mais. O Palmeiras passou por um processo de estagnação de receita nos últimos anos, de elevação de despesas, é um ajuste grande a fazer, embora o clube seja um bom pagador e tenha uma posição boa econômica, mas há muito a ser feito, sobretudo na retomada na capacidade de investimento que o Palmeiras perdeu um pouco - avaliou.
Contratações e manutenção do elenco
- De uma forma geral, o Palmeiras precisa chegar muito forte para a disputa desse campeonato (Mundial de Clubes) no ano que vem, com condições de vencer esse campeonato. Se isso vai acontecer ou não, já é outra coisa, mas temos que chegar em condição de disputa. Eu acho que nessa transição de ano o Palmeiras poderia se reforçar para isso, mas também não é algo que depende exclusivamente de mim. Na hipótese de eu ganhar a eleição e sentar na cadeira no dia 16 de dezembro, vou ter que entender com o treinador, com o executivo de futebol, o que eles veem de carência ou necessidades. Pode até acontecer de ser surpreendido ao saber que não precisam de nada, acho pouco provável. Por ter passado pela diretoria de futebol por quatro anos em gestões de presidentes anteriores, eu sempre entendi um pouco desse processo decisório de uma forma colegiada, com a direção, executivo de futebol e o técnico - afirmou o candidato.
Jogadores "medalhões"
- De forma conceitual, não tenho problema em conjugar nomes de atletas mais experientes, rodados, medalhões, eu não acredito nessas frustrações de dizer que desse jeito não contrato, porque um elenco acaba sendo composto assim. É necessário que tenha liderança, experiência, e o mercado oferece invariavelmente opções nesse sentido. Também acho que a gente não deva, embora o Palmeiras passe por um momento muito especial na base, não podemos jogar neles toda a responsabilidade, ainda mais numa competição desse tamanho. Eu jamais fecharia a porta para essa análise, para esses jogadores mais rodados, o que tem sido uma política - afirmou.
Atual gestão "errou mais do que acertou"
- Eu sei que minha concorrente, sobretudo no início da gestão dela, teve problemas pela redução da capacidade de investimento que o Palmeiras sofria à época por conta de uma série de compromissos que o clube assumiu ainda na gestão do antecessor, que contratos que foram até 2022/2023, e isso de certa forma comprometeu a movimentação dela no mercado no início. Esse ano talvez tenha sido o ano de maior contratações. Pessoalmente, acho que erramos mais do que acertamos. Sempre lembrando que um dirigente sempre vai errar e acertar, temos que fazer esse balanço, mas me parece que nesse ano, quando a gente retoma o movimento de mercado, é verdade que não na escala que nossos concorrentes, como Flamengo e Botafogo têm feito, mas talvez tenhamos mais errado do que acertado - completou Savério.