Crefisa e Palmeiras voltaram a ter divergências um mês depois da renovação de contrato entre os parceiros. No domingo, contra a Ferroviária, a marca do Avanti foi estampada na camisa alviverde e o ato gerou incômodo no patrocinador, que não foi comunicado da ação e em resposta não depositou na conta do clube R$ 5,5 milhões, que deveriam cair na última terça. A informação foi publicada pelo site da ESPN e confirmada pelo LANCE!.
Na última rodada do Paulista, a camisa alviverde contou com a mensagem "#SejaSocioAvanti" no lugar dos nomes dos jogadores. Para pessoas ligadas à patrocinadora, o clube está estampando uma outra marca na camisa, sendo que Crefisa e FAM agora pagam R$ 66 milhões por ano para serem as únicas empresas em todo o uniforme palmeirense - por mês, a empresa desembolsa justamente os R$ 5,5 milhões.
Houve, inclusive, uma reunião entre as partes na segunda-feira para tratar do assunto, já que os patrocinadores souberam da ação apenas no jogo. Eles gostariam de terem sido consultados previamente sobre a decisão.
No ano passado, Palmeiras e Crefisa já viveram uma crise após o clube cogitar fazer uma camisa retrô com a marca da Parmalat. Depois de críticas públicas da presidente da patrocinadora, Leila Pereira, as partes haviam se acertado com a renovação no fim de janeiro. Agora, surge este novo problema.
Além dos R$ 66 milhões, a Crefisa paga cerca de R$ 1 milhão por mês para arcar com os gastos da contratação de Lucas Barrios - desde salários, até a rescisão com o Spartak Moscou (RUS). A empresa ainda gastará perto de R$ 1 milhão no ano pela compra dos direitos econômicos de Vitor Hugo. A reforma da Academia de Futebol, que em 2015 foi turbinada pelos patrocinadores, será encerrada apenas com dinheiro do clube.