A Traffic, dona dos direitos de exploração comercial da Copa do Brasil deste ano, enviou uma notificação à Crefisa e à FAM, patrocinadoras do Palmeiras, informando que não é permitido expor a taça da competição "com fins comerciais". A carta também foi endereçada ao clube.
Na visão da Traffic, a exposição da taça em uma das sedes da FAM, que ocorreu na última semana, é ilegal. O documento, ao qual o LANCE! teve acesso, pedia o fim imediato da exposição, "sob pena de adoção de medidas judiciais e extrajudiciais":
"Os direitos de exploração comercial relativos à edição de 2015 da Copa do Brasil, categoria masculina, dentre os quais está incluído o direito de exibição do troféu da Copa do Brasil, foram cedidos pela Confederação Brasileira de Futebol à KLEFER PRODUÇÕES E PROMOÇÕES LTDA. ("KLEFER"), a quem cabe, em conjunto com a TRAFFIC ASSESSORIA E COMUNICAÇÕES LTDA. ("TRAFFIC"), na posição de parceira comercial, explorá-los com exclusividade de forma direta ou indireta, mediante cessão para patrocinadores ou clientes", diz um trecho do texto.
A ideia de expor a taça ao público foi da Crefisa, a quem o Palmeiras "emprestou" o objeto por alguns dias. Depois de deixá-lo em sua sede, a empresa o levou à FAM, ao lado de outras relíquias da campanha, como uniformes dos jogadores, e abriu as portas para que torcedores pudessem tirar fotos. Não houve cobrança de ingresso e a exposição acabou na noite desta sexta.
"O troféu da Copa do Brasil é um ícone de propriedade exclusiva da competição e o direito de exibi-lo comercialmente não foi adquirido da signatária (Traffic) e nem da Klefer pelo Palmeiras, pela Crefisa e/ou pela FAM. O direito do Palmeiras de manter e guardar o troféu da edição de 2015, na qualidade de campeão da competição, seguramente não se confunde com o direito de usá-lo para fins comerciais. Por esse motivo, a exposição realizada na sede da FAM, com evidente caráter comercial, representa violação direta e ilegal dos direitos privativos da Klefer e da Traffic, bem como dos patrocinadores e clientes com quem estas sociedades válida e regularmente contrataram, implicando responsabilidade do Palmeiras, da Crefisa e da FAM por todo e qualquer prejuízo decorrente de sua conduta irregular", prossegue a notificação.