Danilo, do Palmeiras, pede desculpas por usar termo homofóbico para se referir ao São Paulo

Jogador pode ser punido pelo TJD por falas após final do Campeonato Paulista

imagem cameraDanilo pode ser punido por usar termo homofóbico (Foto: Cesar Greco/SE Palmeiras)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 06/04/2022
10:40
Atualizado em 06/04/2022
10:52
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O volante Danilo, do Palmeiras, publicou em suas redes sociais, na noite desta terça-feira (5), um pedido de desculpas por ter usado termo homofóbico para provocar o São Paulo após a vitória por 4 a 0 sobre o rival, que culminou no título do Paulistão para o Alviverde.

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Em live no Instagram, o jogador usou o termo 'bambi' para se referir ao Tricolor. A expressão é considerada pejorativa, utilizada historicamente por rivais para provocar o São Paulo e contém viés homofóbico. 'Os bambi tão cagado', repetiu Danilo algumas vezes.

"Estou aqui para pedir desculpas a todos pela forma como me comportei depois da conquista do título paulista. Acabei me deixando levar pelo calor do momento e usei algumas palavras que não deveria ter usado.
Sou negro, nasci no Nordeste e vim de família humilde. Jamais faria algo com a intenção de agredir ou ofender alguém. Quem me conhece sabe do meu caráter e de todas as dificuldades que superei para chegar a um dos maiores clubes do futebol mundial.

Faço parte do elenco profissional do Palmeiras desde 2020 e sempre cumpri todas as regras. Dentro de campo, sou um atleta disciplinado, leal, que toma poucos cartões e procura fazer o melhor pela equipe. Mas, fora de campo, sou um ser humano que acerta e erra, como qualquer outro.
Exagerei nas brincadeiras e, por isso, peço novamente desculpas. Sou jovem e estou disposto a aprender com tudo o que aconteceu", escreveu o camisa 28 no Instagram. 

O Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) prevê suspensão de cinco a dez jogos, além de multa, a quem 'praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência'. O Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo (TJD-SP) analisa o caso e pode punir o atleta.

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