Depois de ser notificada pela Ambev graças a uma escritura de 1920, a WTorre sofre novamente com uma cervejaria. O Grupo Petrópolis, da Itaipava, abriu uma ação judicial de cerca de R$ 40 milhões, cobrando a exclusividade na venda de cervejas em eventos no Allianz Parque.
Apesar do processo, não há um contrato assinado. De acordo com pessoas ligadas à WTorre, foi definida apenas uma carta de entendimento, que serviria como base para o documento, só que as partes não avançaram pelo motivo da ação: a comercialização de bebidas em shows. Com isso, a parceria não foi sacramentada.
As produtoras normalmente têm acordos com cervejarias em seus eventos e por isso concorrentes da Itaipava foram vendidas em shows. A construtora, como não tinha um contrato de exclusividade assinado, aceitou as condições.
De acordo com a revista Época, este é o maior processo que a Real Arenas, empresa da WTorre responsável pelo Allianz Parque, recebeu até agora. Antes, a construtora havia tido 367 protestos por dívidas registrados em cartório, em valor aproximado de R$ 15 milhões.
Em jogos, as cervejas sem álcool do Allianz são Itaipava. Os produtos foram comprados e a cervejaria não pagou nada pelo privilégio, segundo apurou o L!. Se o processo avançar, este valor gasto pode ser cobrado em resposta, também.
Curiosamente, esta não é a primeira empresa que cobra a exclusividade na venda de bebidas no novo Palestra Itália. A Ambev, baseada na antiga escritura do terreno onde fica o estádio, quer o privilégio na comercialização, além de citar, inclusive, os naming rights do estádio - durante muito tempo, o Allianz era conhecido popularmente como Parque Antártica.