Como já tinha feito contra o Corinthians, no último dia 9, Deyverson voltou a balançar as redes em um clássico neste sábado, fechando a vitória por 2 a 0 diante do São Paulo. Mas, mais uma vez, chamou atenção também por seu temperamento. E usou a tatuagem do Chaves, personagem da série de sucesso mexicana, que tem no braço direito para se explicar.
- Não sou maluco, sou alegre, brincalhão. Sou um menino maluquinho. Como tenho tatuagem do Chaves: ninguém tem paciência comigo. E falam que essa tatuagem cai muito bem. O Oscar (Rodriguez, preparador de goleiros) até canta: 'Deyvinho, ninguém tem paciência contigo'. Mas nunca vou mudar minha essência - cantou, sorrindo.
- O Dudu me chama de raspadinha. Tenho um monte de apelido. Sou um cara muito feliz, por isso que brincam muito comigo e têm um carinho comigo. Sou um cara muito extrovertido, alegre, feliz, nunca faltou um sorriso no meu rosto mesmo enquanto fiquei tanto tempo sem jogar. Minha mãe me ensinou uma coisa: podemos não ter nada, mas amor não pode faltar em casa.
Foi falando assim que o camisa 16 explicou, inclusive, uma discussão entre ele e Lucas Lima a caminho dos vestiários no intervalo, quando o Palmeiras já vencia por 2 a 0. Segundo Deyverson, o próprio Lucas Lima lhe pediu calma, algo que o próprio atacante admite que precisa ter.
- Sou um menino muito elétrico mesmo, até falando, na Espanha diziam para eu ser mais calmo. Mas sou assim, não vou mudar. O Felipe Melo falou para mim: 'não muda sua maneira de ser'. Minha mãe fala: 'você é um jogador profissional, tenha mais calma, fica mais em casa, uma figura pública como você não pode sair tanto como você sai'. Mas gosto de ir em shopping e sou muito privilegiado de estar com grandes jogadores e no Palmeiras, um clube tão grande quando Barcelona e Real Madrid - elogiou.
- Sou um jogador muito alegre, muito hiperativo. Minha mãe mesmo fala isso. Mas sou muito coração. Não vou me engrandecer jamais para poder ganhar mídia. Sei que isso está me atrapalhando bastante, e prejudica meus companheiros e o Palmeiras essas coisas que venho fazendo. Para quem me critica, saiba que sou um menino muito tranquilo. Peço até desculpas às crianças que se espelham em mim, não faço por mal. É como o professor falou: preciso tomar um pouco de Maracugina para ficar mais calmo - continuou.