Alexandre Zanotta, diretor jurídico do Palmeiras, considerou omissa a investigação do TJD-SP sobre a possível interferência externa na final do Campeonato Paulista. Depois de o tribunal arquivar o inquérito, o clube prepara uma ação pela impugnação do jogo contra o Corinthians e diz que se preciso irá até o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva).
- Infelizmente, não foi uma surpresa (a decisão). Os indícios já mostravam que isso iria acontecer. Mas eles resolveram se omitir em busca da verdade, que é o que a gente quer. O inquérito determina um prazo de 15 dias para que se apure se existe provas, e o Tribunal resolveu tudo em sete dias. A própria pressa deles mostra que eles estão se omitindo em busca da verdade, que é o que o Palmeiras procura - atacou o dirigente.
Segundo ele, agora a intenção do Palmeiras não é mudar o resultado do campeonato, que terminou com a vitória do Corinthians nos pênaltis. A intenção do Verdão é provar que a desistência de marcar o pênalti de Ralf em Dudu partiu de uma interferência além da atuação dos árbitros, algo ilegal.
- As provas são irrefutáveis do que aconteceu. Acho que ninguém tem dúvida do que aconteceu e que houve interferência externa. O Palmeiras não busca nem apresentar provas, as provas já estão aí. A gente quer que seja reconhecida a verdade. Essa alegação do Tribunal de que o Palmeiras não apresentou provas ela não é verdade. As provas já estavam no inquérito. O prestador de serviço que o Palmeiras contratou, eles trabalharam em cima das provas que estavam no inquérito. O Tribunal dizer que o Palmeiras não apresentou as provas é absurdo e inverídico - reforçou Zanotta.
- Nosso objetivo não agora mudar resultado, é que seja reconhecida a verdade, que fique demonstrado que houve interferência externa, o que é irregular pela normas do campeonato, da CBF e da Fifa. O que vier depois é só consequência - completou.
O Verdão tem até quarta-feira para apresentar a ação da impugnação, que já está preparada, e será enviada novamente ao TJD-SP. Caso não tenha sucesso, ainda cabe recurso no STJD. Depois disso, a última instância esportiva é o CAS, Corte Arbitral do Esporte, na Suíça, mas o Palmeiras ainda não dá detalhes se irá até esta instância, caso necessário.