Dudu mantém Palmeiras na cola do Botafogo e dá primeiro passo por ‘renascimento’

Atacante sofreu pênalti que garantiu a vitória do Verdão sobre o Atlético-MG

imagem cameraDudu foi o grande destaque da vitória do Palmeiras diante do Atlético-MG pelo Brasileirão (Foto: Ettore Chiereguini/AGIF)
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João Marcos
Campinas (SP)
Dia 29/09/2024
04:45
Atualizado em 29/09/2024
01:31
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O pênalti sofrido por Dudu no duelo diante do Atlético-MG, apenas dois minutos após entrar em campo, não foi apenas o lance que manteve o Palmeiras na cola do Botafogo, na disputa do Brasileirão. A jogada também foi o primeiro passo do ídolo por uma volta por cima no Verdão.

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Desde que o camisa 7 negociou saída e foi anunciado como reforço do Cruzeiro, em transferência que não se concretizou por um recuo do jogador, a relação com direção, comissão técnica e parte da torcida ficou abalada. A presidente Leila Pereira, por exemplo, chegou a afirmar que o ciclo do atacante no clube havia chegado ao fim.

O técnico Abel Ferreira, embora tenha negado qualquer tipo de rusga com Dudu, também não fez questão de dar oportunidades para o atleta. Pior ainda: afastou o craque no momento mais delicado da temporada, às vésperas do jogo diante do Botafogo pela Libertadores.

A justificativa era de que o camisa 7 precisava se recondicionar fisicamente após a grave lesão sofrida no joelho (ruptura do ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo). Ao todo, foram mais de 40 dias sem entrar em campo, enquanto trabalhava em separado.

O trabalho durante o afastamento, ao que tudo indica, surtiu efeito. Na coletiva pós-jogo, por exemplo, Abel Ferreira rasgou elogios a Dudu e afirmou que nada vai apagar a história construída pelo atleta no Palmeiras. O técnico, no entanto, freou um pouco a empolgação do torcedor ao afirmar que o atacante ainda não tem condições de atuar por 90 minutos.

- Todas as nossas decisões são pensando no melhor para a equipe. Se me perguntar se Dudu está pronto para jogar 90 minutos, não está. Mas se ele nos ajudar como ajudou hoje, espetacular. Foi preciso buscar o resultado, um desequilibrador, ele entrou e nos ajudou. Disse isso na roda (pós-jogo, no vestiário), fui abraçá-lo. (...) É um jogador que jogou comigo imensamente, mas precisamos de rendimento, ritmo, intensidade, e sei o quanto o Dudu pode nos dar agora.

Dudu partiu para cima de Rubens e sofreu pênalti: lance garantiu a vitória do Verdão sobre o Galo (Foto: Ettore Chiereguini/AGIF)

A boa atuação de Dudu também repercutiu entre os principais jogadores do elenco, que saíram em sua defesa. O goleiro Weverton relembrou a lesão do "Baixola" e afirmou que o pênalti sofrido diante do Galo é reflexo do esforço do dia a dia nos treinamentos.

- Quem ganha é a gente, que tem um craque dentro de campo, que está ganhando a sua melhor forma. De tudo que aconteceu, uma coisa que as pessoas esquecem é a lesão dele. Lesão dura, difícil. Ele está voltando à sua melhor forma e em um momento importante para nos ajudar. Estamos felizes por tudo.

Dudu (esquerda) contou com o apoio de Raphael Veiga (direita) para se recuperar da má fase no Palmeiras (Foto: Ettore Chiereguini/AGIF)

Raphael Veiga, autor dos dois gols do Verdão no jogo, também exaltou o camisa 7. O meia revelou que era um dos jogadores mais próximos de Dudu durante a fase difícil e humanizou o ídolo, além de demonstrar apoio incondicional ao colega de equipe.

- Tenho a oportunidade de jogar com ele há um tempo, a gente se entende muito bem. Eu estava mais próximo dele nesse momento turbulento, vi um pouco do que ele passou. Poder celebrar com ele esse jogo que ele entrou e mudou o jogo, não só o pênalti, mas depois a finalização e puxou contra-ataque. Então eu fico muito feliz. A gente não pode só olhar o jogador, tem que olhar o ser humano que tem por trás.

Dudu tem contrato com o Palmeiras até o final de 2025, mas sua permanência para a próxima temporada não está garantida. O Campeonato Brasileiro é a última oportunidade para o atacante se recuperar no clube. A atuação diante do Atlético-MG pode não ser o suficiente para garantir mais oportunidades ao jogador, mas é um recado claro: o atacante ainda tem muito para entregar e não deveria ser descartado tão facilmente.

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