O Palmeiras venceu o Coritiba por 1 a 0, e retornou ao G4 do Brasileirão, mas o lance do gol de mão de Jô no último domingo foi um dos assuntos mais comentados após a partida no Pacaembu. Dudu, Moisés e Cuca se posicionaram sobre o assunto que afeta toda a classe dos profissionais que atuam no futebol.
O camisa 7 palmeirense foi um dos primeiros a tecer um comentário sobre o tema. Coincidentemente, ele estava no mesmo programa de TV em que o colega corintiano declarou que os jogadores deveriam dar exemplos dentro de campo. Para Dudu, Jô perdeu a chance de praticar tudo aquilo que pregou, mas preferiu não alongar o assunto.
- Eu estava no programa que ele falou que se fosse ele, ele falaria, e ontem ele teve a oportunidade de fazer tudo aquilo que ele falou. Infelizmente ele não fez, bola pra frente, ele estava defendendo a equipe dele, acho que ele viu que a bola pegou no braço dele, infelizmente ele não quis falar, mas bola pra frente, se valeu, valeu, se o árbitro deu o gol, a gente não tem que entrar nessa polêmica - afirmou Dudu.
Moisés, por outro lado, viu um possível erro na conduta de Jô, quando fez declarações após a partida e mesmo assim não admitiu que a bola havia pegado em seu braço.
- Eu conversei muito sobre isso também, a gente não sabe como será a reação do torcedor se o Jô chega e fala que foi mão. Eu acho que ele pode ter falhado em não admitir que foi mão, porque ali no jogo ele tem que ir com tudo mesmo e dar o máximo pelo clube, como ele fez, o problema foi depois ele não falar na zona mista que tinha visto que a bola pegou na mão, ele tinha que saber disso para ele assumir: "pegou na mão mesmo, o árbitro não viu, mas na hora não deu para falar", acho que seria mais legal - argumentou o camisa 10.
Já o técnico Cuca preferiu não colocar qualquer culpa nas costas de Jô, que foi seu atleta no Atlético-MG. para o treinador do Verdão, a sociedade não está preparada para essas situações e temeria pela integridade do jogador, se fosse sincero após o gol.
- Conheço a índole dele, é uma grande pessoa. Não sei se hoje, se ele pudesse voltar atrás, se ele não voltaria. Mas é que eu eu faço a seguinte pergunta: "Nós estamos preparados para isso, para um jogador fazer um gol e dizer que não foi gol?" Como é que a torcida iria se portar, se a do Rodrigo Caio já foi toda aquela celeuma? Então imaginem o Jô, que iria tirar dois pontos importantes do Corinthians, fundamentais para o decorrer do campeonato. Acho que a nossa sociedade não está preparada para a gente dizer que foi ou não foi. Se o Corinthians faz um gol e vence por 1 a 0, fica beleza, o Jô é gente boa demais. Não faz outro gol, empata em 0 a 0, "vamos pegar o Jô". Como é que vai culpar o jogador? Tem que entender - concluiu o comandante palmeirense.