O Palmeiras deve manter o mistério em torno de Borja até horas antes do clássico contra o Corinthians, domingo, às 19h. O atacante vem de bons jogos contra o Godoy Cruz (ARG), com dois gols marcados, e é o único do elenco alviverde que balançou as redes da casa do rival, em Itaquera.
Ele marcou na vitória por 1 a 0, na primeira final do Campeonato Paulista de 2018 - o Corinthians devolveu o placar na volta e foi campeão nos pênaltis. Quem marcou nos outros Dérbis no local já não está mais no Verdão: Victor Ramos, Zé Roberto, Rafael Marques (duas vezes), Mina (duas vezes) e Moisés (duas vezes).
Na terça, o colombiano sofreu um entorse no pé esquerdo ainda no primeiro tempo da partida contra o Godoy Cruz. Ainda assim, permaneceu em campo, fez um gol, participou da jogada do pênalti que abriu o placar e saiu ovacionado, sem aparentar incômodo. Ainda assim, deixou o Allianz Parque calçando uma bota ortopédica.
O Verdão não anunciou prazo para retorno, e apenas o coloca como dúvida. Deyverson é o principal candidato a sua vaga, caso o camisa 9 fique fora. Arthur Cabral está atrás na briga, e Henrique Dourado ainda está em transição entre a parte física e a parte técnica.
Ainda que curto, este é o melhor momento de Borja na temporada. Entre janeiro e fevereiro, fez três gols em sete partidas, mas viveu longo jejum depois disso. Foram apenas sete partidas realizadas de março a julho, todas em branco. Após a pausa para a Copa América, no máximo se revezava com Arthur por uma vaga no banco de reservas.
Mas diante da má fase de Deyverson, o colombiano foi titular na ida contra o Godoy Cruz e fez o gol do empate em 2 a 2. Repetiu a dose na terça e assim ficou a um gol de Alex como maior artilheiro do Palmeiras na história da Copa Libertadores.
Seu ressurgimento ocorreu no momento em que o Verdão contratou Dourado e Luiz Adriano para a posição. Agora são cinco centroavantes no elenco, e por isso Borja ainda pode sair. Ainda mais pelo fato de o clube ter de pagar mais 3 milhões de dólares (R$ 11 milhões) ao Atlético Nacional (COL) caso não o venda até o dia 17. Ele diz que o futuro está a cuidados de Deus.