E o 9? Palmeiras trata como improvável a chegada de novos reforços para os próximos meses
A uma semana do término do período de inscrições no Campeonato Paulista, o Verdão não deverá ter novos jogadores em seu elenco. Desequilíbrio financeiro é o motivo
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Se o torcedor do Palmeiras imaginou que após o Mundial de Clubes haveria a chegada de novos reforços para o clube, é melhor começar a trabalhar a frustração. Isso porque, segundo apuração do LANCE!, os dirigentes palmeirenses consideram improvável a contratação de qualquer atleta nos próximos meses. O motivo é a busca pelo reequilíbrio financeiro.
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Na próxima sexta-feira, dia 25 de fevereiro, será o prazo final para a inscrição de novos jogadores na fase de grupos do Campeonato Paulista de 2022. Até aqui o Verdão inscreveu 24 atletas na Lista A e teria espaço para mais dois. Todas as peças do elenco atual já foram colocadas na listagem e os jovens da base entrariam na Lista B. Sendo assim, as duas vagas ficariam para reforços.
Entretanto, no que depender da política atual do departamento de futebol e da presidência, essas lacunas não serão preenchidas. O tão sonhado camisa 9, por exemplo, não chegará para suprir a carência detectada por Abel Ferreira há um ano. Qualquer investimento para isso, giraria entre 12 e 20 milhões de euros, ou seja, entre R$ 70,5 milhões e R$ 117,5 milhões na cotação atual.
Atualmente, o Palmeiras não dispõe dessa quantia, até porque as negociações exigem pagamentos à vista, o que impede qualquer tentativa que o clube possa fazer nesse sentido. Apesar de ser uma instituição saudável, o Alviverde passa por um período de recursos escassos, e isso leva a um desequilíbrio financeiro, que se não for tratado agora, pode trazer péssimas consequências no futuro.
Neste momento, a diretoria trabalhar para uma engenharia financeira que proporcione esse equilíbrio e que propicie a manutenção de um elenco de elite, que esteja entre o top 3. Se não pode dar um passo à frente, o objetivo será manter o que se tem agora: um time competitivo, que briga pelos principais títulos. Mas mais do que isso, somente quando as contas tiverem equilíbrio.
Além disso, se fizesse um esforço, adiantando cotas de transmissão de TV ou outras receitas, para efetuar essas contratações, provavelmente isso traria um problema esportivo, dentro do vestiário. Qualquer jogador desse nível que chegasse neste momento, não ganharia menos de R$ 1,5 milhão/R$ 2 milhões. Algo que certamente traria uma insatisfação, principalmente pela unidade e pela parceria entre os jogadores do grupo atual com Abel Ferreira.
A prioridade, nesse sentido, seria a renovação com os atletas que já estão no elenco, como Deyverson, que tem contrato até o meio do ano, além de Gustavo Scarpa e Marcos Rocha, que tem vínculo até o fim de 2022. Isso, é claro, sem contar os jovens da base que estão recebendo aumento e mais tempo contrato, e aqueles jogadores que serão valorizados pelos feitos recentes.
Isso também indica que provavelmente algumas peças devem ser negociadas na próxima janela, como Danilo, atualmente o principal ativo do clube em termos de transferência. Sem a garantia de premiações como em 2021, em que elas foram abundantes e levaram a um recorde de faturamento do clube, as vendas de jogadores passam a ter papel fundamental no equilíbrio financeiro.
Portanto, o torcedor palmeirense precisa se acostumar com a ideia de contar com esse elenco até o fim da temporada de 2022, ou pelo menos enquanto o mercado não revelar uma oportunidade de reforço que se encaixe no momento dos cofres alviverdes. Mais do que nunca, é confiar no trabalho de Abel Ferreira e dar crédito aos dirigentes nesse processo de ajuste de contas.
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