Eduardo Baptista mostrou-se compreensivo com as críticas que a torcida do Palmeiras fez durante a vitória por 2 a 0 sobre o São Bernardo, nesta quinta-feira, sobretudo a organizada, que até gritou o nome de Cuca. O treinador diz que se motiva com isso.
- Não é implicância (da torcida). Minha função é fazer o time ganhar, jogar. A torcida quer ver o time campeão jogando. Eu sei da responsabilidade, sei o peso de tudo isso, e não me incomoda, só me motiva para trabalhar. Se estou aqui hoje, é porque fui escolhido pelo campeão brasileiro. Os jogadores também foram escolhidos pelo campeão brasileiro - disse ele, que até deu razão para a irritação demonstrada pela arquibancada no primeiro tempo:
- Foram 25 mil pessoas, numa quinta-feira. Se eles não veem bom futebol, têm de reclamar, protestar, jogar o time para cima. A gente lida bem com isso. A mudança de postura da torcida vem de dentro do campo para fora. Não temos que nos preocupar em resolver com a torcida, tem de resolver no campo. Fizemos dois gols e a torcida veio junto. Os jogadores estão muito comprometidos em fazer a coisa certa, e em certos momentos até atrapalha um pouco. Quando todo mundo rema para o mesmo lado, a tendência é que esse barco ganhe velocidade.
Todos os jogadores saíram em defesa de Eduardo nas entrevistas pós-jogo, mas o gesto mais claro de apoio veio de Dudu, que não comemorou seu gol e correu para abraçá-lo. O que isso mostra, professor?
- Que você, além de respeitado, é querido. Dentro do vestiário, eu peço respeito, como respeito eles, mas a gente é amigo também, a gente divide vitórias e derrotas. Prova que estamos remando para o mesmo lado, e quando isso acontece as coisas tendem a ir bem.