Leila Pereira teve sua candidatura aprovada na noite desta segunda-feira e agora poderá iniciar o mandato de quatro anos no Conselho Deliberativo do Palmeiras. A presidente das patrocinadoras do clube, Crefisa e Faculdade das Américas, havia sido eleita em fevereiro, mas o CD teve de avaliar o pedido de impugnação da votação, por supostas irregularidades em sua candidatura. A maioria aceitou a eleição - a votação não foi nominal e acabou por aclamação. 228 conselheiros compareceram, e estima-se que apenas cerca de 25 votaram contra; o restante foi a favor da candidatura de Leila.
Os conselheiros que entraram com pedido de impugnação se baseavam no argumento usado por Paulo Nobre, que tentou brecar a candidatura de Leila no último ato de seu mandato: ela seria sócia do clube desde 2015, e portanto não teria os oito anos necessários para concorrer. Mustafá Contursi alega que deu a ela um título de sócia benemérita em 1996, versão aceita pelo atual mandatário, Maurício Galiotte. Mustafá, figura muito influente no clube, apoiou Leila, que foi eleita inclusive na chapa de Contursi, a "Palmeiras Forte".
A aprovação da candidatura de Leila é vista internamente como uma vitória da situação, hoje encabeçada por Maurício Galiotte. A análise no Palmeiras é de que o atual presidente conseguiu juntar lideranças de diferentes setores no clube antes desta votação do CD.
Leila Pereira e seu marido, José Roberto Lamacchia, foram eleitos conselheiros do Palmeiras para os próximos quatro anos em eleição realizada com votos dos sócios. Leila recebeu 248 votos e quebrou um recorde na história do clube - anteriormente, o maior número de votos na eleição do Conselho era de 99, de Neive Conceição. José Roberto Lamacchia, o segundo mais votado da chapa, teve 66 votos.
A votação desta noite foi feita por aqueles que estavam no Conselho até a votação - os que foram eleitos em fevereiro não participaram. No clube, o caso está resolvido. Só que ainda é possível o caso ser levado pelos contrariados à Justiça comum.