Enfim, foi concluída neste sábado a transferência de Borja para o Junior Barranquilla. O Palmeiras bateu o pé diante da insistência do jogador em atuar pelo seu time do coração e o emprestou sem cobrar a transação até 31 de dezembro de 2020, mas sob condições que obrigam os colombianos a comprar 50% dos direitos econômicos do centroavante, entre outras.
Confira detalhes do acordo entre Palmeiras e Junior Barranquilla:
- Empréstimo até 31/12/2020, com liberação imediata em caso de novas ofertas (prioridade para os colombianos de cobrirem a oferta) e renovação do contrato ao longo de 2020 se o Palmeiras quiser
- Salários totalmente pagos pelo Junior Barranquilla
- Junior Barranquilla é obrigado a comprar 50% dos direitos de Borja por US$ 4,3 milhões (R$ 17,5 milhões na conversão atual) se ele atuar em 73% dos jogos ou fizer 23 gols
- Junior tem 12% de vitrine (parte do valor da negociação) em caso de venda, mas, se comprar os 50% dos direitos, perde esse direito a vitrine
O Palmeiras impôs essas condições ainda na sexta-feira, quando Borja fez cobrança pública dando entrevista falando como jogador do Junior Barranquilla. O clube colombiano estava reticente, mas resolveu aceitar e a negociação foi concluída neste sábado. O Verdão calcula que deve economizar cerca de R$ 8 milhões somente com a liberação de Borja neste ano.
A chegada do centroavante foi intensamente comemorada na Colômbia. O prefeito do Junior Barranquilla, Alejandro Char, é irmão do presidente do clube e utilizou seu Twitter para anunciar a contratação neste sábado.
– Um sonho realizado! Não é mentira, Miguel Ángel Borja já é tubarão. Que alegria esta notícia aos junioristas de alma. Junior chegou a um acordo com o Palmeiras e esta tarde chegará a Barranquilla para começar este novo ciclo - escreveu Char na rede social.
O centroavante é a contratação mais cara da história do Palmeiras: em 2017, o clube adquiriu 70% dos direitos econômicos de Borja por 10,5 milhões de dólares (R$ 32,5 milhões). Como não o negociou até o meio deste ano, o Verdão teria de comprar os 30% restantes do Atlético Nacional por 3 milhões de dólares (R$ 12 milhões). O pagamento ainda não foi feito, e o Nacional ameaça ir à Fifa para cobrar a quantia.