Palmeiras encontra trio mais móvel como alternativa a Ricardo Goulart

Goleada por 4 a 0 sobre o Melgar, no Peru, que deu a liderança da chave e a classificação às oitavas de final da Libertadores, foi construída com mais movimentação entre armadores

imagem cameraSistema ofensivo funcionou com Gustavo Scarpa como principal nome da goleada palmeirense no Peru (AFP)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 26/04/2019
01:22
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Nesta quinta-feira, como ocorreu na derrota por 1 a 0 para o San Lorenzo, em uma das piores atuações do Palmeiras no ano, o técnico Luiz Felipe Scolari não contou com Ricardo Goulart, principal contratação da temporada. Mas, depois de 15 dias sem jogos, o treinador encontrou alternativa ofensiva, mesmo trocando peças no segundo tempo, para fazer 4 a 0 no Melgar, no Peru.

É claro que o nome da goleada é Gustavo Scarpa, que balançou as redes duas vezes, deu a assistência para Gustavo Gómez abrir o placar e participou do lance em que Moisés concluiu o marcador. E o camisa 14 atuou mais centralizado, justamente na função que costuma ser de Ricardo Goulart, novamente poupado por conta de uma preparação física especial. Mas a explicação pela atuação é de um sistema ofensivo que, enfim, funcionou.

O torcedor não pode achar que a base do jogo de Felipão deixará de ser a ligação direta para o centroavante ajeitar ou prender na frente. Ricardo Goulart foi celebrado exatamente por ser quem se aproxima para definir logo a jogada. Mas, em duas semanas apenas treinando, Scolari achou como solução colocar mais gente perto de Deyverson, a referência do ataque no Peru.

Scarpa esteve centralizado, com inversão entre os pontas: Dudu passou a jogar pela direita, com Zé Rafael pelo outro lado. Mas a senha para controlar todo o primeiro tempo veio exatamente em não ter nenhum deles tão estático. Dudu esteve livre para buscar a bola e correr o campo, com Zé Rafael aproximando-se de Deyverson e Scarpa frequentemente. Assim, abriu-se o corredor para os laterais passarem constantemente. E o Melgar não saída do seu campo.

O Palmeiras ficou quase o primeiro tempo inteiro do meio-campo para frente. Mesmo sem a bola, esteve lá pressionando, para forçar o erro adversário. Conseguiu o escanteio que originou o gol de Gustavo Gómez e a bola mal rebatida para Scarpa fazer um golaço. Um cruzamento rasteiro de Dudu e um cabeceio de Felipe Melo salvo em cima da linha ainda poderiam ter feito a goleada ainda no primeiro tempo.

No segundo tempo, os laterais não subiram tanto e até deu a impressão de que o Melgar poderia assustar, mas o Palmeiras manteve sua forte proteção à área. E o jogo estava perfeito para o contra-ataque, que demorou a encaixar por alguns erros que irritaram Felipão. Mas tudo acabou se corrigindo quando entrou Hyoran no lugar de Zé Rafael, claramente cansado.

O Palmeiras voltou a ficar no campo adversário, sem nem mesmo precisar dos laterais subindo tanto. Hyoran deu a bola para Gustavo Scarpa fazer mais um e o quarto gol teve também a participação de Lucas Lima, substituto de Dudu no segundo tempo, lançando para Scarpa ajeitar e Hyoran tocar para Moisés fazer 4 a 0. Moisés ainda perdeu outra grande chance e a intensa superioridade alviverde ficou clara com um quase golaço de Luan, chutando de longe e acertando o travessão no último lance da partida.

Definitivamente, foi uma partida como o torcedor esperava, diante de um rival frágil. O Palmeiras está classificado às oitavas de final, assumiu a liderança do Grupo F, com 12 pontos, e, para ficar em definitivo com a ponta da chave, basta empatar diante do argentino San Lorenzo, no dia 8, no Allianz Parque.

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