Estádio sem torcida? Veja possíveis punições ao Palmeiras após emboscada
Confronto entre torcedores aconteceu na madrugada do último domingo (27), na Rodovia Fernão Dias, interior de São Paulo
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O Ministério Público do Estado de São Paulo conduz investigação sobre o ataque de torcedores do Palmeiras contra cruzeirenses no último domingo (27), que resultou na morte de uma pessoa e deixou outras 17 feridas na Rodovia Fernão Dias, próximo à saída para Mairiporã (SP).
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Durante o ataque, um ônibus com torcedores do clube mineiro foi incendiado, enquanto o outro teve sua estrutura danificada. De acordo com relatos de testemunhas à Polícia Rodoviária Federal.
O Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) estabelece que o clube é responsável pelos atos de seus torcedores, mas essa responsabilidade se limita ao que ocorre dentro do estádio e nas imediações durante os dias de jogo. Assim, o Palmeiras não deverá receber maiores sanções no âmbito desportivo, como a perda do mando de campo ou partidas sem público.
Responsável por administrar o futebol no estado, a Federação Paulista de Futebol (FPF) afirmou em nota que espera punição severa para os envolvidos. A Federação Mineira, por sua vez, repudiou os atos de violência e aguarda desdobramentos da investigação.
Procurada pela reportagem, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) afirmou só possuir ingerência nas ações que ocorrem dentro dos estádios das competições que a instituição organiza, nunca fora deles. Assim, cabe ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva aplicar eventuais punições.
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Mancha Verde nega envolvimento no briga
Principal torcida organizada do Palmeiras, a Mancha Verde negou, em comunicado oficial publicado na última segunda-feira (28), envolvimento no ataque contra torcedores do Cruzeiro.
As torcidas de ambos os clubes se encontraram por volta das 5h20 (de Brasília), na altura do km 65 da rodovia Fernão Dias, em direção a Belo Horizonte. Após o embate, os órgãos responsáveis foram acionados por pessoas que presenciaram o conflito. De acordo com PRF, ninguém foi preso.
Vale lembrar que, em setembro de 2022, integrantes da Máfia Azul (organizada do Cruzeiro), se envolveram em uma confusão com torcedores do Palmeiras, na mesma rodovia, na altura de Carmópolis (MG). À época, circularam vídeos de cruzeirenses agredindo torcedores rivais, incluindo Jorge Luis, presidente da Mancha Verde. Veja a nota da uniformizada.
A Mancha Alvi Verde vem sendo apontada injustamente, através de alguns meios de imprensa e redes sociais, de envolvimento em uma emboscada ocorrida na Rodovia Fernão Dias, próximo ao túnel de Mairiporã, na madrugada deste domingo (27). O incidente resultou tragicamente na morte de um torcedor do Cruzeiro e deixou outros feridos. Lamentamos profundamente mais esse triste acontecimento e manifestamos nossa solidariedade e demonstramos nosso consternamento aos familiares da vítima, repudiando com veemência tais atos de violência.
Queremos desde já deixar claro que a Mancha Alvi Verde não organizou, participou ou incentivou qualquer ação relacionada a esse incidente. Com mais de 45.000 associados, nossa torcida não pode ser responsabilizada por ações isoladas de cerca de 50 torcedores, que desrespeitam os princípios de respeito e paz que promovemos e defendemos.
A Mancha Alvi Verde repudia toda e qualquer forma de violência e reafirma seu comprometimento e compromisso com a segurança e a convivência pacífica entre torcedores. Estamos à disposição das autoridades para colaborar plenamente com as investigações, auxiliando na identificação e punição dos responsáveis por mais esse fatídico e lamentável episódio ocorrido na madrugada desse domingo.
Palmeiras emite comunicado
A Sociedade Esportiva Palmeiras repudia as cenas de violência protagonizadas na Rodovia Fernão Dias, na manhã deste domingo (27). O futebol não pode servir como pano de fundo para brigas e mortes. Que os fatos sejam devidamente apurados pelas autoridades competentes e os criminosos, punidos com rigor.
Pena prevista em código
Segundo e Estatuto do Torcedor, os envolvidos no confronto podem receber até dois anos de reclusão pelos atos de vandalismo em estádios de futebol. A punição, no entanto, pode ser agravada quando praticada fora dos espaços destinados a realização das partidas.
Portanto, os participantes do tumulto podem ser submetidos a penas ainda mais longas. A lei prevê um ano de reclusão para os envolvidos em brigas sem feridos, além de cinco anos para casos com feridos. Cenários com que envolvem lesões corporais graves ou homicídios, por sua vez, podem gerar até 20 anos de reclusão.
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