Nos seis jogos à frente do Palmeiras, Luiz Felipe Scolari tem se caracterizado por usar ao máximo as opções de seu elenco, motivo de crítica em cima do antecessor Roger Machado. Desde que voltou ao clube, o técnico de 69 anos já usou 23 dos 28 jogadores no plantel.
Artur foi o último a receber uma chance, no fim da vitória sobre o Botafogo. Os que ainda esperam entrar com o treinador são Fernando Prass, Nico Freire, Pedrão, Vitinho e Guerra, que estava se recuperando de uma cirurgia no pé esquerdo, ocorrida em maio.
Weverton é o líder em minutos nesta "era Scolari": 533, contando acréscimos. Completam o top 10 dos que mais jogaram: Mayke (495 minutos), Bruno Henrique (425), Moisés (406), Dudu (359), Lucas Lima (327), Hyoran (324), Diogo Barbosa (314), Thiago Santos (311) e Borja (311).
Felipão, basicamente, joga uma vez na semana com o "time A" e na outra com o "time B". A escalação contra o Botafogo, por exemplo, foi mais próxima daquelas que o treinador usou na Copa do Brasil e Libertadores. No Brasileiro, ele vinha escolhendo outros atletas, acompanhados de três ou quatro da equipe dos mata-matas.
- Eu pretendo encaixar o Lucas (Lima no time), o Thiago Santos, que é fantástico, nunca vi alguém desarmar tanto quanto ele. Tenho de colocar o Marcos (Rocha) em condição de brigar pela posição com o Mayke. Temos um grupo muito bom e vamos vendo a cada jogo, analisando quem deve entrar - avisou o chefe.
O resultado é que agora há mais opções em bom momento, e o Verdão está bem posicionado nas três competições que disputa: a seis pontos do líder no Brasileiro, classificado na Copa do Brasil à semifinal, e com a vantagem contra o Cerro Porteño (PAR) para avançar às quartas da Libertadores.
- No Cruzeiro, consegui a tríplice coroa (em 2003, quando ganhou Mineiro, Copa do Brasil e Brasileiro), fazendo como estamos fazendo hoje, sem priorizar competições, usando todo o elenco. Sai um jogador, entra outro e se mantém o nível de atuação. Como o Felipão nos disse, não tem 11 titulares, e sim 28. Temos de buscar todas as competições - citou Edu Dracena.
Desde a volta de Felipão, o retrospecto é de cinco vitórias, um empate, nove gols marcados e nenhum sofrido. Acrescentando-se os jogos sob o comando de Paulo Turra, seu auxiliar, e Wesley Carvalho, técnico do sub-20, são oito partidas sem ter a meta vazada, igualando marca obtida em 1965.