Em entrevista transmitida ao vivo nas contas do Palmeiras e da patrocinadora Crefisa no Instagram, Felipe Melo foi questionado sobre não bater pênalti e avisou que os colegas têm aproveitamento melhor nas cobranças em treinos. E disse que gostaria de se aposentar no clube que defende desde janeiro de 2017 e com quem tem contrato até dezembro de 2021.
- Tenho dois clubes em que eu gostaria de me aposentar. O Galatasaray é um clube que está no meu coração, fiz história e marcou muito na carreira, com um carinho muito grande. E tem o Palmeiras. Há pouco tempo, falei que amo o Palmeiras. Seria muito cômodo beijar o símbolo quando cheguei, mas beijo hoje porque amo o Palmeiras - disse o zagueiro de 36 anos de idade.
- O Palmeiras abriu uma porta importante para eu voltar ao cenário do futebol brasileiro, me deu um título importante e esteve comigo nos momentos mais difíceis da minha carreira, quando estive com um pé fora do clube, e isso me fez amar o clube, que vê que está com você - completou, recordando o período em que foi afastado por entrevero com o então técnico Cuca, em 2017.
- É muito difícil voltar para o Galatasaray, não tenho vontade de voltar a jogar na Europa. Fui homenageado lá no ano passado e recebi um carinho incrível, que é recíproco. Quem sabe, apenas um jogo lá. Mas não penso em sair do Palmeiras. Comprei casa em São Paulo e não paguei pouco na casa. Não penso em sair, não - sorriu.
Ao longo da live, um torcedor questionou o motivo de Felipe Melo e Dudu não terem batido pênalti nas últimas decisões que o Palmeiras participou. O capitão, que desperdiçou uma cobrança na vitória por 5 a 0 sobre o Novorizontino, no Allianz Parque, nas quartas de final do Campeonato Paulista de 2018, indicou que foi uma escolha do treinador do momento, baseada no aproveitamento de todos nas cobranças feitas nos treinamentos da semana.
- Quando se chega em decisão de pênalti, no mata-mata, passamos toda a semana fazendo treinamento, e os de melhor aproveitamento são os que batem. Deixamos a escolha com o treinador. Eu, tampouco o Dudu, vamos fugir. Se tiver que ser a gente, vamos. Bato da forma que sempre bato. Não bati em decisão porque tem outros muito bem. Quando acharem que devo bater, não tem essa de estar cagado. Se tiver que enfiar o pé, chuto forte, sem medo de ser feliz. Quem arrisca não petisca - falou Felipe Melo.
- Da última vez, estava 5 a 0, bati como sempre, com paradinha, e joguei para cima. No outro dia, falaram de falta de respeito com goleiro, mas perdi porque perdi. Até quando cheguei em casa, minha esposa pediu para não bater mais, porque perdi alguns na Turquia. Mas não é por isso que não bato. Treinamos e o treinador vê - prosseguiu o hoje zagueiro.