Felipe Melo tem recebido críticas de alguns torcedores por seu desempenho dentro de campo, mas ainda define como objetivo no Palmeiras ser campeão, e ir além. Aos 35 anos de idade, o volante tem contrato até o final de 2019 e avisa que gostaria de renovar para se aposentar no clube, onde ainda não conquistou títulos e se sente em dívida pelo carinho que recebe.
- Meu objetivo hoje é ser campeão no Palmeiras, marcar uma história dentro do Palmeiras e, quem sabe, no futuro, poder renovar e ficar o resto da minha vida no Palmeiras - disse o meio-campista em entrevista ao jornalista Murilo Dias, na TV Palmeiras, que agradece aos torcedores e ao clube pelo apoio que recebeu, principalmente, quando foi afastado dos jogos após desavença com Cuca, então técnico do Verdão, há um ano.
- É inevitável falar da torcida por tudo que fizeram naquele momento conturbado. Eles me abraçaram, apoiaram, junto com os companheiros e a diretoria, que também me abraçaram. Sinto que tenho uma dívida com o Palmeiras por tudo que fizeram no momento em que eu mais precisava - afirmou, avisando busca títulos para corresponder o carinho que recebe.
- Isso incomoda algumas pessoas. Já vi tantas pessoas falarem 'nunca ganhou nada no Palmeiras e tem música, as pessoas gostam dele'. Agradeço cada um que tem esse carinho por mim. Para se tornar ídolo de um clube como o Palmeiras, acostumado a ganhar títulos, preciso marcar história com títulos, mas tenho trabalhado bastante, e aprendi muito aqui.
O camisa 30 está com a delegação que desembarcou no Paraguai no fim da noite dessa terça-feira. Não jogou na estreia de Luiz Felipe Scolari nesta passagem pelo Verdão, no 0 a 0 diante do América-MG, em Belo Horizonte, no domingo, e está à disposição para enfrentar o Cerro Porteño nesta quinta-feira, na partida de ida dos confrontos pelas oitavas de final da Libertadores.
Com Roger Machado, antecessor de Felipão, Felipe Melo era titular no Palmeiras. E manteve a condição quando a equipe foi comandada por Paulo Turra, auxiliar de Scolari, no 0 a 0 diante do Bahia, na semana passada, em Salvador, pelas quartas de final da Copa do Brasil. Mas, independentemente de sua situação no time, o jogador já dá passos para fincar raízes em São Paulo.
- Sempre tive o sonho de voltar para a Itália, mas confesso que hoje não sei se voltaria. Estou em São Paulo e estamos fechando a compra de uma casa já, gostei muito de São Paulo. A ideia é continuar aqui por longos e longos anos - falou o volante, que tem casa em Turim e passagens marcantes pela Itália, por Fiorentina, Juventus e Inter de Milão, e gosta da coincidência de hoje defender o Palmeiras, fundado por italianos.
- Pode ser coincidência, mas é uma história que Deus determinou que aconteceria. Eu poderia ter voltado para outro clube ou poderia ter ficado na Itália mesmo, tinha mais um ano de contrato na Inter e já conversávamos sobre renovação. Eu poderia ter ficado lá tranquilo, no meu círculo de comodidade. Quando vim para cá, confesso que eu não tinha me dado conta dessa coincidência com italianos. Foi Deus, realmente, que me trouxe para cá.