O desempenho ruim após a Copa América gerou três diferentes protestos da torcida do Palmeiras; em Fortaleza (CE), pipocas chegaram a ser atiradas contra a delegação. Há três anos no clube, Felipe Melo diz que estas manifestações são reflexo da educação do povo brasileiro.
- Eu tenho três anos de Palmeiras, no primeiro ano teve protesto, no segundo e no terceiro também. É questão de educação do povo brasileiro, infelizmente. É um time que ficou um ano sem perder no Brasileiro, é o atual campeão brasileiro, saiu da Copa do Brasil contra um grande rival, no primeiro jogo tivemos oportunidade de ampliar o marcador e no segundo jogo eles foram melhores, mas tivemos oportunidades de fazer gol - listou.
- Nos classificamos na Libertadores, estamos brigando nas primeiras colocações do Brasileiro, e o time é chamado de pipoqueiro. São situações que não mudam. Porque olhamos para o lado e vemos um pai que manda o filho de dois anos xingar você no estádio... Como quer que mude? É questão de berço. Cabe aos jogadores trabalhar - acrescentou.
O protesto mais pesado ocorreu no sábado, antes do clássico contra o Corinthians. Membros da Mancha Alviverde levaram faixas com tom de ameaça para a frente da Academia de Futebol, tendo como principais alvos a diretoria do Verdão e o técnico Luiz Felipe Scolari.
Internamente, a avaliação é de que o pior momento passou, depois das cinco partidas sem ganhar e a eliminação na Copa do Brasil. O time eliminou o Godoy Cruz (ARG) e avançou às quartas de final da Libertadores, e no Brasileiro é o vice-líder, a quatro pontos do Santos, primeiro colocado.
Sobre a manifestação da Mancha, a diretoria se posicionou apenas por meio de uma nota oficial e trabalhará nos bastidores. O clube promete tomar providências, ainda que não se saiba quais serão as medidas.