A primeira exibição de Alejandro Guerra está longe de ter sido um grande desafio, mas deixou boas impressões. Contra o Nacional-SP, na segunda, o meia venezuelano foi um dos destaques do Verdão e atuou durante toda o jogo-treino como meia direita. A função no atual time titular vem sendo desempenhada por Tchê Tchê.
O camisa 32, um dos destaques no título brasileiro, dificilmente sairá da equipe de Eduardo Baptista quando Lobo Guerra estiver à disposição. Neste caso, uma opção seria sacar Róger Guedes, deslocar Tchê Tchê para a ponta direita, função que ele também sabe fazer, e usar o ex-jogador do Atlético Nacional como meia. Do outro lado, Moisés no time ideal entraria na vaga que hoje é de Raphael Veiga. Assim, o setor mudaria de característica: sairia a velocidade de Guedes, pela capacidade de criação do venezuelano.
No trabalho de segunda, Guerra e Hyoran foram os meias - o primeiro na direita, o segundo na esquerda. Michel Bastos e Rafael Marques, depois Erik e Keno, os pontas, inverteram com frequência o posicionamento durante a vitória por 1 a 0, gol de Alecsandro.
Guerra não deu assistência, nem fez gol, mas ditou o ritmo no meio-campo, tanto com seus passes, quanto nas orientações de posicionamento. Eleito melhor jogador da última Libertadores, o armador aproveitou bem a parceria com Michel, quando o camisa 15 jogou como ponta direita. Eduardo Baptista tem investido nas jogadas entre meias e pontas, dando liberdade para movimentação entre eles.
Apesar da expectativa para ver o principal reforço da temporada em campo, o palmeirense ainda terá de esperar. O venezuelano ainda não tirou o visto de trabalho, e por isso ainda não foi inscrito no Paulista. Ele já não estará em campo na estreia, contra o Botafogo-SP, mas sua situação deve ser regularizada a tempo de enfrentar o Ituano, na segunda rodada - os trâmites burocráticos com a Venezuela são mais demorados. Apenas depois da liberação dos documentos o jogador será apresentado, provavelmente na sede da patrocinadora, a Faculdade das Américas.