Juiz ‘preparado’, torcida e espírito de título: Felipão fala da vitória no Paca
Treinador coloca os mais de 33 mil pagantes como responsáveis pela vitória do Palmeiras sobre o Ceará e é irônico ao falar sobre cartões que desfalcam o time contra o Flamengo
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Luiz Felipe Scolari começou sua entrevista coletiva neste domingo avisando que deixaria para Alexandre Mattos, diretor de futebol, dar a posição do Palmeiras a respeito da arbitragem que deixa o time com quatro suspensos para o duelo direto pelo título do Brasileiro contra o Flamengo. Mas não segurou a ironia e, também, o agradecimento à torcida presente no Pacaembu na vitória por 2 a 1 sobre o Ceará.
O treinador adotou sorrisos irônicos ao ouvir uma pergunta a respeito do cartão vermelho mostrado a Deyverson, aos 45 minutos do primeiro tempo, e dos amarelos exibidos para Lucas Lima, Bruno Henrique e Mayke, que acumularam o terceiro e, por isso, não jogarão no Maracanã, no sábado - na lateral direita, faltam opções porque Marcos Rocha e Jean sentem dores.
- Parece até que tinha lista pronta. Mas tenho um grupo de trabalho muito bom. Vai prejudicar, sim. Todos sabem que vai prejudicar. Todos sabem. Volto a reafirmar: todos sabem. Mas temos outros jogadores com excelente qualidade, confio no meu grupo e quem for a campo dará conta do recado - disse Felipão, irritando ainda mais com o cartão mostrado a Bruno Henrique, logo no começo do jogo, e não exibido imediatamente depois da falta que o volante cometeu.
- Prejudica porque é o capitão e um dos grandes jogadores da equipe. Estranho. Só isso que digo: estranho. O que vou dizer? Jogador não tem marca nenhuma, juiz não marca falta e depois volta. Não dá para entender - opinou, feliz, contudo, com a festa dos mais de 33 mil pagantes deste domingo.
- Quem ganhou o jogo foram os jogadores, do banco, inclusive. Mas, principalmente, foi a nossa torcida. Maravilhosa, fantástica, sofreram juntos e nos incentivavam a correr mais um metro, correr mais e vencer. Essa vitória não é nossa, é do torcedor. Que continue assim para continuarmos mais à frente - falou Scolari, enaltecendo o espírito do líder do Brasileiro.
- Tenho que parabenizar meu grupo. Pela forma como se comportaram por 50 e poucos minutos, foi uma forma de valorização de quem se dedicou pelo resultado para continuarmos brigando pelo título. Deram grande passo com resultado de hoje porque era um jogo extremamente difícil por uma série de detalhes. Passar pelo adversário como foi hoje é importante para manter entre nós o espírito de briga pelo título.
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Confira o que mais Felipão falou em sua entrevista coletiva neste domingo:
Bruno Henrique
Muito boa a atuação do Bruno Henrique em todos os sentidos. Além dos dois gols, é seu aniversário e coroou com dois gols. Tínhamos ideia de que ele equilibraria o meio-campo, e foi até o Deyverson ser expulso. É um dos excelentes meias que o Brasil possui.
Dupla de zaga escolhida com a suspensão de Gómez
Treinamos toda semana, todo mês, e observamos que entrosamento do Antônio Carlos com com Edu é muito grande, com outros não é a mesma coisa, e o Luan joga mais pela direita, eu teria que mudar o Antônio Carlos de lado. É a manutenção de duplas que casam muito bem. Agora, é pensar o que faremos no jogo contra o Boca.
Mudança de planos com a expulsão de Deyverson
Tínhamos a ideia de algumas mudanças. Saída do Willian, entrada do Dudu ou do Scarpa ou do Borja. Com a saída do Deyverson, tivemos de nos adaptar e fizemos o que deu para fazer. É claro que alguns ficarão mais desgastados, mas nosso departamento terá cuidado especial, não faremos treinos intensivos para quarta-feira. Vamos nos organizar se não houver lesão.
Briga por dois títulos neste fim de ano
A gente sempre imagina ou sonha com melhores condições para equipe, disputar título, finais. Já perdemos a Copa do Brasil, agora temos a semifinal da Libertadores e oito jogos do Brasileiro. E a gente vai imaginando, quando vem contratado, em chegar sempre à final, ser campeão. As dificuldades não são só para mim. Há pouco tempo, me comuniquei com o Lopetegui, do Real Madrid, e as dificuldades dele são idênticas. Temos time que precisam ser campeões, e sofremos um pouco mais. Mas somos campeões, trabalhamos há 30 anos e fomos campeões 20, 30 vezes. Sempre penso em ser campeão e, principalmente, quem entra em campo e se dedica precisa pensar assim. Espero conseguir, ao menos, um campeonato. Não é fácil, por uma série de razões e outras mais acrescidas. Mas estamos brigando e vamos disputar até o final, se possível sendo campeão de uma competição.
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