O título inédito do Palmeiras na Copa São Paulo de Futebol Júnior revelou ao mundo Endrick e, com ele, as certezas precoces. Obviamente, o garoto de 15 anos demonstra muito potencial, mas só será possível ter um retrato mais fiel quando começar a jogar como um profissional.
Até lá, as capas dos jornais são parte da janela especulativa que não se fecha nunca. O efeito-Copinha tem inúmeros exemplos que ficaram pelo caminho.
Neílton estourou na reta final do torneio em 2013, que teve o Santos como campeão. Ele marcou quatro vezes naquela edição, sendo um hat-trick contra o Palmeiras nas semifinais e outro na final contra o Goiás. Rapidamente surgiram os rumores de propostas que nunca se confirmaram.
Até a similaridade física foi usada marotamente para cravar o que seria o novo Neymar. Sua jornada no profissional jamais vingou: Santos, Cruzeiro, São Paulo, Internacional, Hatta Club (equipe dos Emirados Árabes de pouca expressão), Coritiba e Sport. Números razoáveis por Vitória e Botafogo, mas nada que o levasse a um novo patamar.
Aos 27 anos, Neilton já é jogador rodado e sem chances de jogar em grandes clubes da Europa. Endrick tem mais talento, já era um fenômeno na base antes da Copinha, mas qualquer sentença agora é só futurologia.
Sua carreira pode ser brilhante, e há vários indícios que apontam nesta direção, mas certo mesmo até agora é que ele já pode ir para a Disney. Uma viagem merecida.
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