LANCE! Espresso: O Palmeiras, enfim, fez as pazes com sua maior obsessão

Nem sempre a conquista vem com uma atuação de gala, mas a festa esteve à altura do feito<br>

imagem camera(Foto: Nayra Halm/Lancepress!)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 31/01/2021
20:52
Atualizado em 01/02/2021
07:00
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O Palmeiras, enfim, fez as pazes com sua maior obsessão. A vitória contra o Santos, só atingida nos acréscimos do segundo tempo, em cabeçada fatal do atacante Breno, o herói improvável, deu fim a uma espera de 21 anos, período que separou o time campeão de 1999 à equipe de Abel Ferreira que levantou o troféu, sábado, no Maracanã.

Não foi um grande jogo, muito longe disso. Mas foi uma grande final. Porque lá estavam dois dos maiores clubes do futebol brasileiro, que chegaram à decisão sustentados por seus treinadores e por uma legião talentosa de jovens. Sob sol forte e o temor de ver a glória eterna escapar pelos dedos, Palmeiras e Santos destruíram mais do que construíram no gramado e o número total de finalizações na partida deixa isso claro.

Em final única, a estratégia nasce e morre em apenas 90 minutos e o brilho muitas vezes se esconde num detalhe que em qualquer outra situação passaria batido. E ele aconteceu. Quando Cuca tentou retardar um lateral do Palmeiras, se enganchou com Marcos Rocha e acabou expulso, o Santos parece ter perdido a concentração necessária para encarar uma prorrogação que já batia à porta.

Da arquibancada, rodeado por torcedores, Cuca viu Rony, o jogador mais produtivo do Palmeiras na Libertadores, receber uma inversão de bola primorosa de Danilo e cruzar para a cabeça redentora de Breno, que havia entrado nos minutos finais.

Abel, ainda um novato no comando do Alviverde, conquistou o primeiro título de sua carreira justamente no torneio mais importante do continente. Ao longo da temporada, transformou um esquema engessado em um time eficiente, mesmo quando o desempenho em campo oscilou. As estatísticas também comprovam isso: o Palmeiras fechou a Libertadores com melhor aproveitamento, melhor ataque e melhor defesa. Um processo iniciado há poucos anos, quando o clube tornou-se uma potência novamente, disputando cinco vezes seguidas o torneio e tendo a melhor campanha na fase de grupos nas últimas três edições.

Na temporada que ainda não está nem perto de acabar, o Palmeiras conquistou aquilo que mais almejava. Nem sempre a conquista vem com uma atuação de gala, mas a festa esteve à altura do feito.

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