LANCE! Espresso: Palmeiras é um clube cercado pelo medo
Mesmo evitando revés, o saldo do final de semana do Alviverde foi de derrota por conta de protesto. Clube precisa proteger seu grupo antes que esta situação acabe em tragédia
Se olharmos para dentro de campo, o Palmeiras conseguiu empatar contra o Corinthians depois de sair atrás no placar. E teve até chance de virar no fim do jogo, o que foi impedido pelo goleiro Cássio, o melhor jogador de um clássico de muita luta mas pouco brilho em Itaquera. Mesmo evitando revés contra o seu maior rival, o saldo do final de semana do Alviverde foi de derrota. O protesto de sua principal torcida organizada, na véspera do jogo, não foi nada velado. Os torcedores envolvidos nem disfarçaram a ameaça de morte a Luiz Felipe Scolari. Foi até a porta do clube, espalhou faixas e cantou em alto e bom som. Em dezembro de 2018, a mesma organizada exibiu na partida da entrega da taça do Brasileirão um mosaico em homenagem ao treinador. Oito meses depois, ameaça Felipão. O ano do Palmeiras beira o inacreditável. Ônibus apedrejado após eliminação para o São Paulo no Paulista, elenco cercado após a derrota para o Inter na Copa do Brasil e técnico como alvo na véspera do clássico de ontem. O clube precisa ir além de uma nota de repúdio em seu site. Não adiante agora falar em valor da marca. O Palmeiras é hoje uma potência que vive cercada pelo medo e pela ilusória obrigatoriedade de vencer tudo o que disputa. O clube precisa proteger seu grupo antes que esta situação acabe em tragédia. Não é exagero. A reinvenção sórdida do imediatismo promovida por parte da torcida prova isso.
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