Invicto nas dez primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro. A marca do Palmeiras seria fantástica, mas, na verdade, tem um enorme asterisco. O time de Vanderlei Luxemburgo tem seis empates nesta conta e desperdiçou ontem, no empate contra o Grêmio - com gol sofrido nos acréscimos -, a chance de colar na liderança do torneio.
E o que aconteceu ontem no Sul é uma tônica do Palmeiras no ano: um time que não consegue matar o jogo mesmo quando tem o controle das ações e vê diante de si o adversário quase nocauteado. Foi assim, inclusive, que quase viu o Campeonato Paulista escapar pelos dedos.
Contra o Grêmio, assim como havia acontecido com o Bahia, também fora de casa, o Palmeiras passou longe de fazer uma partida brilhante, mas, assim que conseguiu seu gol, abdicou de jogar e se fechou esperando o apito final - Luxa chegou a ficar com três zagueiros em campo nos minutos finais.
Em um Brasileirão imprevisível, em que as forças na tabela se equipararam pela descontinuidade de projetos, como é o caso atual do Flamengo, ou pelo surgimento de novos projetos, exemplos de Atlético e Internacional, o Palmeiras tem a chance se se enfiar neste bolo e brigar, de fato, por um título que era improvável até a temporada ser precocemente interrompida.
Mas, para isso, Luxemburgo precisa relembrar de seu próprio ensinamento: o medo de perder tira a vontade de ganhar. Em um Palmeiras recheado de jovens ávidos por vitórias, cabe aos mais experientes resgatar este ímpeto.
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