Chegou ao fim a terceira passagem do técnico Luiz Felipe Scolari no Palmeiras. Não surpreende, apesar de todo o cômico teatro feito pelo presidente do clube, Maurício Galiotte, e pelo diretor de futebol Alexandre Mattos, que, após a eliminação na Copa Libertadores e na véspera da derrota para o Flamengo, garantiram que não mudariam o comando até o fim da temporada. A fórmula (nada secreta) de Felipão foi suficiente para a merecida conquista do Brasileiro no ano passado, mas provou-se obsoleta em médio prazo. A blitz nos primeiros minutos de jogo não surtia mais efeito e até mesmo o elogiado sistema defensivo começou a dar sinais de fraqueza. Ao que tudo indica, Mano Menezes deve ser anunciado como novo treinador, ainda que as redes sociais indiquem resistência por parte de uma torcida que, na verdade, não sabe ao certo o que deseja neste momento. Se confirmado, Mano não é uma mudança de filosofia. Tem suas virtudes, mas o retrospecto recente com o Cruzeiro, pelo qual venceu apenas um dos últimos vinte jogos antes de deixar o clube, não é o melhor cartão de visitas. Independentemente do técnico, falta ao Palmeiras mais convicção sobre o que fazer com sua imensurável fortuna - de jogadores contratados que ficam menos de seis meses no clube à escolha do perfil de treinador condizente com o elenco formado. Ninguém discute que o Palmeiras é hoje uma das maiores potências do futebol brasileiro, mas sua gestão ainda é mais movida pelo grito do que pela razão.
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