Em mais um final de semana de episódios lamentáveis de violência relacionados a futebol, um fato no Allianz Parque, no último domingo (6), chamou a atenção. O goleiro Weverton usou a casa do seu time, o Palmeiras, para fazer o chá de revelação do sexo do seu futuro filho, Olavo, antes da vitória sobre o Guarani por 2 a 0.
Era para ser uma ação de marketing de lançamento das novas camisas de goleiro da equipe. Mas o ato do camisa 21 foi simbólico. Em meio aos constantes casos de violência, no mesmo espaço onde, menos de um mês antes um torcedor morrera baleado, Weverton mostrou, ao lado da mulher e da filha, que estádio é sim lugar para a família.
- Era isso que eu gostaria de mostrar para as pessoas, junto com minha familia, esse ambiente de amor, de alegria.
O nome Olavo foi escolhido por Weverton como uma homenagem a seu avô. E para ele, nada mais justo que realizar o ato no local que ele considera 'sua segunda casa'.
- A gente sempre teve a ideia de fazer um chá revelação, queria que fosse no estádio, que é a nossa segunda casa. Queria que fosse algo relacionado ao Palmeiras, e no jogo foi melhor ainda, tendo a participação do torcedor. Viver isso é muito importante para mim. Foi um dia muito emocionante em minha vida. É esse ambiente que queremos no estádio, um ambiente de família.
E, segundo o arqueiro, um dos maiores ídolos atuais do elenco alviverde, as cenas dele brincando a filha em pleno gramado do Allianz Parque deveriam ser rotineiras.
- Veio a calhar esse momento por tudo aquilo que vinha acontecendo com o futebol. É uma parte triste do esporte, essa violência. Eu tiro por mim e a minha filha de 5 anos. Ela ama futebol. Estar no estádio para ela é um ambiente de alegria, um ambiente de torcer pelo pai. É esse ambiente que nós jogadores queremos. Um ambiente de amor, de alegria, para a família, um ambiente onde não haja violência. É dificil para mim explicar para ela cenas que acontecem. Quando falamos sobre futebol é sobre gol, defender... Ela adora chegar no estádio, ver a torcida gritar gol, o meu nome. Para ela essa é a grande experiência que ela tem no futebol, de amar o futebol, de gostar. E é isso que quero passar para meu filho, Olavinho. Futebol tem toda a sua rivalidade, tem sim, isso é até bacana, traz toda a sua competividade, mas jamais temos de aceitar a violência. Achar isso normal, isso não pode existir no futebol.
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