Santos e Palmeiras fizeram clássico agitado neste sábado, criaram muitas chances, mas ficaram em um 0 a 0 "teimoso" no Pacaembu, pela oitava rodada do Campeonato Paulista. Na opinião de Vanderlei Luxemburgo, técnico do Alviverde, houve uma etapa para cada equipe. O comandante também citou as entradas de Veron e do estreante Rony para a melhora palmeirense no segundo tempo.
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- Foram dois tempos distintos. O Santos foi melhor (no primeiro), teve mais volume, mais chegada, mas sem aquela coisa aguda. Chegamos com velocidade, mas sem poder de último passe. Eles não tinham jogado juntos ainda Veron, Rony e Dudu por dentro. Não foi um clássico tecnicamente bom, muito pegado, no segundo tempo tivemos mais possibilidades para decidir, tivemos situação interessantes, Dudu por dentro, Rony por fora com Verón, coisas que podem acontecer.
A arbitragem também foi tema no "Clássico da Saudade" deste sábado. Primeiro, Pará colocou a mão na bola dentro da área em disputa com o Rony. O lance, que acabaria em pênalti, foi anulado por impedimento inexistente. Depois, o novo do atacante do Palmeiras chegou a marcar em rebote de chute de Willian, mas dessa vez, estava mesmo em posição irregular.
- O pênalti foi dado pelo bandeira porque ele cansou no lance. Ele veria que foi pênalti e não teria impedimento. O árbitro é o absoluto, se você ver de onde o bandeira deu, verá que ele não conseguiu chegar até o final do campo para acompanhar - opinou Luxa.
O técnico fez coro a Felipe Melo, que em "morde e assopra", elogiou o árbitro Flavio Rodrigues de Souza, mas reclamou de erros. Luxemburgo saiu em defesa do agora zagueiro do Palmeiras. Para o comandante alviverde, Melo paga pelo seu nome.
- Juiz é muito bom, novo e com potencial grande, de se tornar um grande árbitro, vem num crescente. Fui conversar com ele no final e explicar que o Felipe Melo não pode pagar a conta do Felipe Melo a vida toda. Futebol é um esporte de contato. Já peguei o lance, ele parece violento, mas Felipe visa a bola num primeiro momento. Ou ele bota o pé no chão ou no adversário, são dois corpos ocupando o mesmo espaço. Se vai por cima sem tocar a bola, teria nítida intenção de tocar com violência, mas não, ele rebate a bola, e não tem como não pegar o outro corpo que está no mesmo espaço. Achei que deu um cartão desnecessário no primeiro tempo. Falei para ele, não ofendi e ele me deu amarelo. Tudo bem.