Vanderlei Luxemburgo e Miguel Ángel Ramírez, campeão da Copa Sul-Americana deste ano com o Independiente Del Valle, do Equador. Esses são os nomes mais fortes entre os avaliados pelo presidente Mauricio Galiotte como alternativas a Jorge Sampaoli, com quem o Palmeiras encerrou as negociações neste sábado por falta de acordo financeiro.
O Verdão definiu como prioridade na reformulação que pretende para 2020 ter um treinador com estilo ofensivo. Após demitir Mano Menezes, há duas semanas, o foco esteve em Sampaoli. Mas, diante da alta pedida financeira do argentino, a possibilidade de contratar Luxemburgo e Ramírez passou a ser cogitada. As primeiras ações mais efetivas em relação aos dois serão tomadas nas próximas horas.
O Palmeiras tem pressa na definição de um novo comandante. O elenco deve se reapresentar em 6 de janeiro e há uma ideia de reformulação que não consegue ser colocada efetivamente em prática enquanto não há um técnico - o cargo de diretor de futebol, vago desde a demissão de Alexandre Mattos, no dia 1, foi preenchido por Anderson Barros somente na última quarta-feira.
Neste sentido, Luxemburgo sai na frente. O técnico dava prioridade à renovação com o Vasco, mas anunciou oficialmente na sexta-feira que encerrou as negociações, ficando livre no mercado. Assim, um acerto com o técnico, que já teve três passagens e ganhou dois Campeonatos Brasileiros (1993 e 1994) e quatro Paulistas (1993, 1994, 1996 e 2008) pelo clube, depende somente das conversas entre ele e os dirigentes do Verdão.
Nesse ponto, fica mais complicado para Miguel Ángel Ramírez. O treinador espanhol tem contrato com o Independiente Del Valle, que já comunicou a quem se interessou por ele que não facilitará sua liberação. Diante da pressa palmeirense, a postura dos equatorianos pode ser um obstáculo complicado.
Outros nomes foram sugeridos, mas a definição, segundo aliados de Galiotte, deve ficar entre Luxemburgo e Ramírez. O mandatário passou a tarde de sábado em reunião com os vice-presidentes Paulo Buosi e Alexandre Zanotta e o diretor financeiro Davi Gueldini em busca de um investimento "responsável" para convencer Sampaoli. Porém, não houve acordo com o argentino, que pediu, inicialmente, R$ 2 milhões mensais para ele e sua comissão técnica.