Alexandre Mattos convocou a imprensa pouco antes da partida contra o Atlético-PR, neste domingo, para falar exclusivamente sobre a recuperação de Moisés, que voltou a ser relacionado menos de seis meses após operar o joelho esquerdo - a cirurgia foi em 22 de fevereiro.
- Vou falar exclusivamente do Moisés hoje, da alegria de tê-lo voltando. Tive que fazer uma cola com a quantidade de problemas que o Moisés teve no joelho, foi uma lesão complexa. Ele teve ruptura total de dois ligamentos, o cruzado anterior e o colateral medial, lesão parcial do ligamento cruzado posterior, lesão grave no menisco medial e uma lesão na cápsula articular. Para o torcedor entender, aquele ligamento cruzado anterior, famoso, que tira o jogador por seis meses, era só um dos problemas. A previsão inicial para o Moisés era de 9 a 12 meses. Nós tivemos capacidade de recuperá-lo em cinco meses e 15 dias - disse o diretor de futebol do Verdão.
- O Moisés está voltando com 100% de sua capacidade física, técnica e articular. Tinha um risco enorme de o Moisés ter uma limitação no joelho. Isso a gente deve, com muita alegria, à estruturação que a gente vem promovendo no Palmeiras. Não só de estruturação física, como também o pessoal que hoje está no Palmeiras - emendou.
Mattos citou nominalmente os profissionais que estiveram à frente da recuperação de Moisés, que se machucou durante uma partida contra o Linense, no Paulistão. Lembrou, inclusive, de Altamiro Bottino, coordenador científico demitido há algumas semanas e hoje trabalhando no São Paulo.
- Não posso deixar de citar nosso departamento médico, encabeçado pelo Gustavo Magliocca, que acreditou nesse projeto. É um jovem médico, agressivo. O torcedor tem que imaginar quanto custaria o Moisés parado por 9 ou 12 meses. Cito também o departamento de fisioterapia, encabeçado pelo Jomar Ottoni, todos os estagiários, a nossa preparação física, encabeçada pelo Omar (Feitosa), o (Thiago) Maldonado, que fez a transição, o Magoo (Marco Aurélio Schiavo) também. Não podemos esquecer do Altamiro, que também é um grande profissional e participou ativamente desse processo. É uma alegria enorme ter um jogador voltando em um tempo tão curto, cinco meses e 15 dias. Agora ele entra na faixa do risco, de entrar em campo, mas aí é o risco que todos têm - disse Mattos.
- Muitos funcionários saíram do Palmeiras, e muito em função do desgaste gerado por aquele momento em que não havia estrutura adequada. Bons profissionais saíram porque havia um desgaste enorme, já estavam desmotivados, não saíram por falta de qualidade. Não preciso citar, porque todos vocês sabem quem são - completou Mattos, lembrando provavelmente dos médicos Rubens Sampaio, Otávio Vilhena e Vinicius Martins, demitidos no início deste ano após mais de uma década de serviços prestados.