A derrota do Palmeiras para a Chapecoense, no domingo, gerou ofensas e ameaças de morte ao diretor de futebol, Alexandre Mattos. O dirigente recebeu mensagens anônimas no seu celular com as intimidações, de acordo com a assessoria de imprensa do Verdão. Ele não se pronunciará.
Mattos tem recebido também críticas de conselheiros, inclusive um dos mais influentes, Mustafá Contursi. O motivo é o alto valor gasto para 2017 que não gerou nenhuma conquista, além de eliminações frustrantes no Paulista, Copa do Brasil e Libertadores.
A Mancha Alviverde, em um dossiê, também pediu recentemente a saída de Alexandre, que está no Palmeiras desde 2015. O contrato do diretor é válido até dezembro de 2018. Maurício Galiotte diz que ele é seu homem de confiança e, por isso, o manterá.
Há um mês, Mattos já teve um bate-boca com um torcedor durante a derrota para o Corinthians, no Allianz Parque.
- A crítica é super-tranquila, eu escuto ganhando, perdendo, empatando. 'Mattos, o fulano não está jogando, o time está ruim, o treinador não sei o quê'. Quando começa a ofensa pessoal, à honra, com gestos... Dois, três engraçadinhos que querem chamar os amigos e falar, mandar para aquele lugar, chamar de ladrão, safado, vagabundo... Aí desculpa, né? O torcedor no Brasil acha que pagou ingresso e pode tudo. Eu fui torcedor e também achava isso. Mas pode até o limite, né? O torcedor sabe que tenho coração, trato o Palmeiras como o maior do mundo - disse o dirigente, em julho, explicando a discussão.
Sem vencer há três partidas no Brasileiro, a última competição que resta, o Palmeiras vive ambiente de grande pressão. Além de Mattos, Cuca também está ameaçado. Mas assim como no caso do diretor, Maurício diz que o trabalho da comissão técnica seguirá.