Na última quinta-feira (30), o Palmeiras divulgou o seu balanço financeiro referente ao ano de 2019 indicando um superávit de R$ 1.724.000. O resultado, apesar de positivo, ficou aquém do esperado, com uma queda de 2% em relação a 2018. Mesmo assim, o clube ficou em segundo lugar, atrás do Flamengo, entre os de maior receita do país.
O superávit de 2019 ficou bem abaixo do apresentado em 2018, quando o Palmeiras, segundo o balanço, arrecadou R$ 30.688.000 mais do que gastou. Apesar disso, este foi o sexto ano seguido em que o alviverde aparece entre o top 4 de clubes com as maiores receitas do Brasil.
Conforme estudo publicado pela PLURI Consultoria, o superávit apresentado em 2018 acabou sendo consumido pela combinação de aumento das despesas com o futebol e a queda nas vendas de jogadores. Mesmo assim, não houve pressão adicional sobre o endividamento. Além disso, é válido lembrar que, há dois anos, o Palmeiras conquistou o Campeonato Brasileiro, chegou às semis de Libertadores e Copa do Brasil, além da final do Paulista.
Por conta dos resultados de 2019, o orçamento previsto para 2020 já era considerado mais enxugado e, inclusive, a política de compra e venda de jogadores foi modificada – apenas Rony e Matías Viña chegaram, com promoção de diversos garotos da base ao profissional.
Agora, diante do cenário provocado pelo coronavírus, o alviverde precisará de ainda mais planejamento. Reduziu o salário de jogadores e comissão técnica, suspendeu contrato de funcionários e continuou com o pagamento de atletas amadores e do futebol feminino, tudo isso para não precisar demitir ninguém em um primeiro momento.
Confira abaixo alguns pontos levantados pelo estudo da PLURI Consultoria sobre o ano de 2019 do Palmeiras.
PONTOS POSITIVOS:
- A receita recorrente subiu 10% para R$ 533,7 milhões;
- A receita com transmissões subiu 30% para R$ 216,8 milhões;
- A receita com marketing + comercial subiu 25% para R$ 119,3 milhões;
- Despesa financeira líquida caiu 27% para R$ 16,4 milhões;
- A relação dívida líquida/receitas caiu 2% para 0.94.
PONTOS NEGATIVOS:
- Receita com vendas de atletas caiu 36% para R$ 108,2 milhões;
- Receita com matchday caiu 20% para R$ 107,9 milhões;
- Despesa com futebol subiu 17% para R$ 470,9 milhões;
- Resultado do exercício caiu 94% para R$ 1,7 milhão;
- Endividamento líquido subiu 8% para R$ 501,1 milhões;
- Necessidade de capital de giro subiu 21% para R$ 168,6 milhões;
- Relação dívida líquida/receitas totais subiu 10% para 0,78.