Palmeiras muda perfil de técnico de novo e vê momento ‘pedir’ medalhão

Com elenco estrelado, críticas da torcida e pressão política às vésperas da eleição para presidente, Verdão anunciou o retorno de Luiz Felipe Scolari para a vaga de Roger Machado<br>

imagem cameraFelipão teve uma passagem de sucesso pela China, onde colecionou sete títulos (Foto: Kazuhiro Nogi / AFP)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 26/07/2018
20:11
Atualizado em 27/07/2018
07:00
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Nenhum técnico completa um ano de trabalho no Palmeiras desde 2013. No período, as diretorias apostaram em diferentes perfis, e o clube agora lançou mão de um "novo": dos medalhões. Luiz Felipe Scolari foi anunciado na noite de quinta-feira - ele fechou até o fim de 2020.

Nos últimos cinco anos, a equipe esteve sob comando de um estrangeiro (Ricardo Gareca), alguém mais experiente (Oswaldo de Oliveira), treinadores emergentes (Dorival Júnior e Marcelo Oliveira), uma revelação (Eduardo Baptista), além de um já identificado (Cuca) e outro formado no clube (Alberto Valentim).

Ao tomar a decisão de demitir Roger, o Verdão tinha em mente que seria necessário este nome mais experiente, com conhecimento do clube - Felipão já tem duas passagens pela Academia de Futebol e é ídolo da torcida.

O cenário atual pesa nesta nova mudança de perfil. Com um elenco recheado de jogadores importantes, avalia-se que é preciso de um treinador com "casca" para mudar a postura da equipe, como cobrou o presidente Maurício Galiotte. Esta seria uma resposta, também, à impaciência da torcida e de conselheiros em um momento bem importante do clube: véspera da eleição presidencial.

Diferentemente do último pleito, a parte política terá importância, já que o clube está mais dividido do que quando Maurício Galiotte substituiu Paulo Nobre. Scolari sempre foi citado como um dos mais capazes de recolocar o Palmeiras no prumo diante desta instabilidade.

Desde a saída do próprio Felipão, em 2012, o Palmeiras não tem um medalhão. Ao definir que Valentim não seria efetivado, a diretoria comandada por Maurício Galiotte e Alexandre Mattos já considerou que precisaria de alguém neste perfil. Abel Braga era o sonho, mas não foi possível tirá-lo do Fluminense. Ele também não assumirá agora, pois deseja ficar com a família.

Roger foi então considerado um técnico promissor, de boas ideias, mas com a experiência que poderia torná-lo um "moderno cascudo". Na prática, isto não ocorreu. À medida que o rendimento da equipe caiu, as críticas tornaram-se pesadas em cima dele e da diretoria, inclusive internamente, pedindo sua demissão. Felipão, portanto, terá de também acalmar o ambiente no clube.

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