O Palmeiras conheceu nessa terça-feira os adversários na Libertadores de 2020. Disputando a quinta edição consecutiva, algo inédito para o clube, o Verdão aposta desta vez em Vanderlei Luxemburgo, que ainda não tem em seu vencedor currículo a competição continental. Em 2020, pode haver o Dérbi já na fase de grupos.
Luxa já comandou o time em duas edições: de 1994 e 2009. Na primeira, foi eliminado nas oitavas de final pelo São Paulo, com jogos intercalados por uma excursão por Europa e na Ásia durante a pausa para a Copa do Mundo. Luxa era contrário à viagem, pelo desgaste dos atletas. Ainda na fase de grupos, porém, fez história ao golear o Boca Juniors (ARG) por 6 a 1.
Há dez anos, a campanha contou com jogos marcantes, como a vitória contra o Colo-Colo (CHI) que garantiu a classificação ao mata-mata, e a classificação nos pênaltis contra o Sport, nas oitavas. O time, contudo, caiu para o Nacional (URU) nas quartas, com dois empates.
Durante a última participação com o Palmeiras, Luxemburgo teve de responder sobre o fato de não ter conquistado uma Libertadores e evitou tratar como uma obsessão.
- É claro que eu quero ganhar uma Libertadores. Você tem de ganhar todas as competições. Eu quero ganhar porque eu sou vencedor, e não porque eu não tenho Libertadores. O pessoal diz que o Zagallo não ganhou Brasileiro, mas não lembra que ganhou Copas. Isso é do Brasil, só lembram o que não ganhou - dissera em 2009.
De volta ao Palmeiras, ele encontrará um clube que trata a competição como o maior sonho. Desde a reconstrução em 2015, a melhor campanha foi de 2018, quando chegou à semifinal. Luiz Felipe Scolari, técnico campeão em 1999, era o comandante na ocasião.
Luxa é o segundo técnico com mais partidas pelo Verdão na Libertadores (20), atrás justamente de Felipão (44). Além de aguardar o destino do Corinthians nas duas primeiras fases da competição, o Palmeiras terá na sua chave o Bolívar (BOL) e o Tigre (ARG).