O Palmeiras ficou longe de mostrar um futebol de encher os olhos. Mas, aos trancos e barranco, a equipe saiu de campo com um empate em 1 a 1 diante do Novorizontino, neste sábado. A equipe, que saíra atrás do placar com Cléo Silva (em gol que gerou polêmica no primeiro jogo da história do Estadual que contou com auxílio do VAR), viu Arthur Cabral igualar o placar, em jogo válido pelas quartas de final do Paulista em aberto.
O resultado da partida, que ainda contou com um acerto do VAR e uma defesa de Fernando Prass em uma cobrança de pênalti, deixou a definição das quartas de final para o Pacaembu As duas equipes voltarão a se enfrentar nesta terça-feira, às 21h30. Em caso de novo empate, haverá disputa de pênaltis.
Que maré, hein?
Embora dominasse as ações nos minutos iniciais, o Palmeiras tropeçou na má fase de Borja. Após cobrança de lateral feita por Dudu, o colombiano desvencilhou-se da marcação e entrou na área, mas concluiu em cima de Oliveira. Já em cobrança de escanteio do camisa 7, Antônio Carlos escorou e Borja, com o gol vazio, furou a cabeçada. Porém, aos poucos, a equipe de Luiz Felipe Scolari perdeu seu compasso e abusou de bolas aéreas.
Gol do Tigre e deslize do VAR
À medida que o Verdão perdia seu ímpeto, o Novorizontino encontrou brechas para avançar. Felipe Marques bateu rente à trave. Everton Sena exigiu Prass em cabeçada. Até o Tigre chegar ao caminho do gol. Murilo Henrique tentou uma finalização rasteira. Fernando Prass soltou e, no rebote, Cléo Silva, livre, concluiu para a rede.
Segundo o comentarista de arbitragem do canal "Sportv", o ex-árbitro Leonardo Gaciba, o gol deveria ter sido anulado pelo VAR por conta de toque da bola no braço de Murilo Henrique. No início da jogada, na visão de Gaciba, o jogador do Novorizontino faz um desarme com a ajuda do braço, avança, chuta de longe. No entanto, a Federação Paulista afirma que o gol foi legal, sendo o domínio feito com a barriga e o braço apenas colado ao corpo.
VAR 'acerta' pênalti. Já Novorizontino...
Luiz Felipe Scolari tentou dar ao Palmeiras um novo poderio ofensivo: lançou Felipe Pires e Arthur Cabral nos lugares dos inoperantes Scarpa e Borja. Porém, o Novorizontino seguiu em frente, e teve a chance de ampliar quando Danielzinho cruzou e a bola tocou na mão de Antônio Carlos. O árbitro Raphael Claus marcou pênalti (contando, desta vez, com o acerto do VAR). Mas Murilo Henrique viu sua cobrança parar nas mãos de Fernando Prass.
Estreante alviverde mostra estrela
A defesa renovou o ânimo do Verdão. Ricardo Goulart cabeceou e a bola passou por cima do travessão. Mas coube a um estreante dar novo fôlego à equipe. Marcos Rocha cruzou e, depois de furada de Felipe Pires, o "novato" Arthur Cabral fulminou para a rede.
Chances, chances... mas só o empate!
Tendo Lucas Lima como seu criador de jogadas, o Palmeiras colecionou chances na reta final. Antônio Carlos obrigou Oliveira a desdobrar-se. Na sobra, o zagueiro ainda carimbou a trave. Em seguida, Dudu e Arthur Cabral foram travados pela zaga. Antônio Carlos, debaixo da trave, também desperdiçou chance. Dudu ainda fez Oliveira espalmar. Oscilante em Novo Horizonte, o Palmeiras precisará agora da vitória para se garantir nas semifinais do Paulistão.
FICHA TÉCNICA
NOVORIZONTINO 1x1 PALMEIRAS
Data-Hora: 23-03-19 - 17h
Estádio: Jorge Ismael de Biasi, em Novo Horizonte (SP)
Árbitro: Raphael Claus (Fifa/SP) Nota L!: 5,0 - Não viu toque de mão no início da jogada do gol do Novorizontino e não coibiu a violência no decorrer do jogo. Em compensação, acertou no pênalti a favor da equipe da casa.
Assistentes: Danilo Ricardo Simon (Fifa/SP) e Luiz Alberto Andrini Nogueira (SP)
Cartões amarelos: Danielzinho (NOV)
Gols: Cleo Silva, 38/1º T (1-0) e Arthur Cabral, 21, 2º T (1-1)
NOVORIZONTINO: Oliveira; Lucas Ramon (Dudu Vieira, 41,2º T) , Everton Sena, Edson Silva e Paulinho; Jean Patrick, Adilson Goiano, Danielzinho e Murilo Henrique (Carlinhos, 29, 2º T); Felipe Marques (Elvinho, 34, 2º T) e Cleo Silva. Técnico: Roberto Fonseca
PALMEIRAS: Fernando Prass; Marcos Rocha, Antônio Carlos, Edu Dracena e Victor Luis; Bruno Henrique, Felipe Melo, Ricardo Goulart (Lucas Lima, 19, 2º T), Gustavo Scarpa (Felipe Pires, intervalo) e Dudu; Borja (Arthur, intervalo). Técnico: Luiz Felipe Scolari