Confesso que quando aceitei o convite para começar a escrever e ser o ‘olho da torcida’ do Palmeiras para o LANCE!, eu achei que seria uma tarefa mais fácil.
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Mas a realidade que vivi nesse primeiro mês de parceria é de um time que traz poucos assuntos para a gente debater entre a torcida.
Com um elenco harmonioso e vencedor, a torcida tem que ficar caçando assunto nas redes sociais para criticar algo sobre o trabalho de Abel Ferreira ou da diretoria alviverde.
O 'pardal' que não escala o Endrick, a nova joia que não viajou para o Paraguai (que absurdo!), o maior artilheiro da história do clube na Libertadores que precisa ir pro banco urgente, mesmo que seja só pra satisfazer o meu ego, ou o atacante que a diretoria ‘não quis’ e que não para de fazer gol no Galo.
Agora é o zagueiro azarado que não dá pra confiar, mesmo após estar invicto e ter substituído muito bem Murilo desde que o titular se machucou.
Esses são só alguns dos assuntos.
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A gente fica de mãos atadas não querendo influenciar uma torcida que já é corneteira por natureza e quando tenta exaltar a história que esse time entrega, é visto como passa pano.
‘Você não cansa de exaltar bagre?’. Se eu não ouvisse isso há três temporadas confesso que talvez estaria um pouco cansado.
O Palmeiras de Abel Ferreira navega em águas muito calmas em 2023. Já foram dois títulos, apenas duas derrotas, e o grupo está seguindo a risca o lema que está na parede do CT para esta temporada: ‘fazer o mesmo, mas ainda melhor’.
Mas a gente não gosta de mar calmo, Abel, não tem jeito.
Seguiremos tentando caçar crise da porta para fora, enquanto do portão para dentro, a máxima do ‘Todos Somos Um’ se faz cada vez mais forte.
Próxima pauta?
Não sei.