Palmeiras cobra valor milionário de receitas do Allianz Parque que não foram repassadas ao clube
Receitas que têm relação com a exploração de áreas da arena, camarotes, realização de shows, locação de cadeiras e até naming rights não são recebidos desde 2015
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O Palmeiras está em busca de receber R$ 127,9 milhões da Real Arenas, empresa da WTorre que são relacionados a receitas que não foram repassadas ao clube pelo acordo de exploração do Allianz Parque. Os valores não chegam ao clube desde 2015 e processo já está na Justiça. A informação foi divulgada primeiramente pelo GE e posteriormente confirmada pelo LANCE!.
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Segundo o contrato selado entre o Verdão e a WTorre, o clube tem direito a receber percentuais que crescem gradativamente ano a ano do acordo de exploração do estádio. Ou seja, parte das receitas referentes a exploração de áreas da arena, camarotes, realização de shows, locação de cadeiras e até naming rights devem ser direcionadas aos cofres do Alviverde, algo que não tem acontecido.
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A última vez que a WTorre fez o repasse desses valores foi em junho de 2015, há quase oito anos. Foram apenas sete meses em que o acordo foi cumprido: novembro e dezembro de 2014, e entre janeiro e junho de 2015, com exceção do mês de maio. De lá para cá, o Palmeiras nunca mais viu os valores, mas a construtora reconhece que os valores deveriam ser direcionados ao clube em relatórios periódicos. Em 2017, quando o Verdão entrou na Justiça, o valor era de R$ 15 milhões.
Em 2018, a ação foi extinta pela Justiça, com a justificativa de que o assunto deveria ser tratado com os outros que estavam em discussão na corte arbitral, esfera em que as partes vem buscando acordos por conta das divergências da parceria. Por lá, porém, os temas também não têm andado, paralisando outras questões que não ganham sequência devido a esses entraves judiciais.
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Com o argumento de que a WTorre reconhece os valores devidos em seus relatórios, o Palmeiras conseguiu um recurso para que ação fosse executada à parte e viu a Justiça, em segunda instância, dar razão ao clube para executar judicialmente a dívida. O Verdão, que cobrava apenas os valores até 2017, decidiu colocar toda a dívida desde 2015, o que resulta em R$ 127.972.784,97 a receber.
O Palmeiras, como informou o GE, não descarta buscar a esfera criminal junto ao Ministério Público. Baseado em uma consulta a um advogado criminalista, o clube entende que se trata de uma apropriação indébita, pois a empresa fica com as receitas e não repassa como prevê o acordo.
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Em contato com a reportagem do GE, a WTorre informou que "em relação à ação de execução de título extrajudicial, a Real Arenas não comenta ações em julgamento e aguarda a decisão judicial para definir os próximos passos". Vale lembrar que o acordo entre as partes é válido por 30 anos, ou seja, termina em novembro de 2044, quando o Palmeiras terá 100% das receitas do estádio.
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