Palmeiras e Boca Juniors já foram considerados ‘espelhos’ há 30 anos; entenda a história

Rivais da semifinal da Libertadores de 2023 têm passado coincidente nos anos 90

imagem cameraPalmeiras e Boca Juniors afloram sua rivalidade nos anos 90 (Foto: Cesar Greco/Palmeiras)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 03/10/2023
18:29
Atualizado em 04/10/2023
12:47
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O Palmeiras vai enfrentar o Boca Juniors nesta quinta-feira (5), às 21h30, no Allianz Parque, pela semifinal da Libertadores. Embora sejam rivais históricos e não tão amigos, eles têm algumas coisas em comum, principalmente em suas origens. Fundados por imigrantes italianos, os dois clubes chegaram a compartilhar o mesmo patrocínio nos anos 90: a Parmalat.

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Verdão e Boca se enfrentam desde 1935, quando o nome do clube brasileiro ainda era Palestra Itália. Nesse confronto de 88 anos, quem leva vantagem histórica é o Alviverde, que venceu oito, empatou 14 e perdeu quatro. Mas foi na década de 90 que a rivalidade aflorou entre as equipes, com duelos inesquecíveis pela Liberta, que se estenderam para os anos 2000.

Mas antes disso tudo, é preciso voltar às origens. O Boca Juniors foi fundado em 1905 por cinco adolescentes, todos eles filhos de italianos que imigraram para a Argentina. O bairro La Boca, onde fica o clube, era um reduto genovês, daí vem o apelido de "xeneizes", que é como os imigrantes, em seu dialeto, falavam "genoveses".

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O Verdão, por sua vez, foi fundado em 1914 por iniciativa de, em sua maioria, moradores do bairro do Brás, em São Paulo, que era conhecido por ser uma morada de italianos. Ou seja, a origem de seus fundadores era na Itália, fossem descendentes ou nativos. O objetivo era fundar uma agremiação esportiva que tivesse a representatividade que a imensa comunidade merecia.

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Apesar do intervalo de nove anos entre uma fundação e outra, Boca e Palmeiras têm suas raízes no impacto da imigração italiana na América do Sul. Coincidência ou não, muitas décadas depois eles voltaram a compartilhar um contexto. Isso porque, nos anos 90, ambos foram patrocinados pela Parmalat, empresa de laticínios com origem na Itália que despejou dinheiro no futebol naquela década.

Partida de ida entre Boca Juniors e Palmeiras ficou empatada em 0 a 0, na Bombonera (Foto: Luis ROBAYO / AFP)

No Boca Juniors, a parceria era apenas de patrocínio e durou pouco, somente entre 1992 e 1996, com apenas um título de expressão, que foi o Campeonato Argentino de 1992, quebrando uma fila de mais de dez anos. Foi com a ajuda da patrocinadora, que o clube conseguiu juntar, em 1995, a dupla Caniggia e Maradona, mas sem aquele sucesso esperado.

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Já no Palmeiras a história foi diferente. Mais do que patrocinadora, a Parmalat tinha um acordo de cogestão com o clube, tomando conta do departamento de futebol. A permanência da empresa foi de 1992 a 2000, somando títulos e empilhando craques. Foi com a multinacional que o Verdão saiu da longa fila de títulos, em 1993, e conquistou a tão sonhada Libertadores, em 1999.

Cavani é o principal jogador do Boca Junior para o duelo com o Palmeiras (Foto: Marco Galvao/PxImages/GazetaPress)

Não foi à toa que, naqueles anos, quando ambos eram patrocinados pela empresa, disputaram a Copa Parmalat, reunindo os clubes que levavam o logo da multinacional na camisa. O Palmeiras foi vice duas vezes, perdendo ambas nos pênaltis para o Peñarol. Verdão e Boca se enfrentaram na edição de 1993, em Parma, na Itália, quando empataram em 1 a 1 no tempo normal, e os brasileiros levaram a melhor nos pênaltis.

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Pela semifinal da Libertadores de 2023, nesta quinta-feira (5), as equipes vão escrever mais um capítulo dessa história que tem mais rivalidades do que coincidências, mas que certamente já marcaram para sempre o futebol sul-americano. Resta saber que vai buscar a Glória Eterna no Maracanã.

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