Mesmo com a proibição de frequentar estádios em São Paulo, a organizada Mancha Alvi Verde reuniu-se na noite desta sexta-feira, 8 nas proximidades do Allianz Parque, antes e depois do confronto entre Palmeiras e Grêmio, pelo Campeonato Brasileiro.
➡️ Torcida do Palmeiras protesta contra o time no jogo com o Grêmio
A sede da organizada, que fica a cerca de 200 metros do Allianz Parque, na Rua Caraíbas, teve movimento normal no pré-jogo, incluindo a presença de torcedores gremistas, aliados da organizada palmeirense, assim como os grupos de torcedores do Atlético-MG e Vasco.
A loja oficial da torcida, localizada em frente à entrada principal do Allianz e alvo de uma operação de busca e apreensão em 1º de novembro, estava em pleno funcionamento. Ainda que o movimento tenha sido reduzido por conta da chuva, a estrutura permaneceu aberta.
A decisão de proibir a Mancha Verde nos estádios paulistas foi tomada pela Federação Paulista de Futebol (FPF) no final de outubro, atendendo à recomendação do Ministério Público (MP) e à intervenção do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO). O procurador-geral de Justiça, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, apontou que existem fortes indícios de que algumas torcidas organizadas atuam como "facções criminosas".
A medida foi implementada após o MP solicitar a prisão temporária de sete membros da Mancha Alvi Verde, envolvidos na emboscada contra a Máfia Azul, organizada do Cruzeiro, que resultou na morte de um torcedor e ferimentos em outros 17 cruzeirenses. Durante o ataque, dois ônibus foram depredados — um deles incendiado e outro danificado.
Entre os integrantes com mandado de prisão estão Jorge Santos (presidente da Mancha Verde), Leandro Santos, Aurélio Lima, Alekssander Tancredi, Felipe Santos, Neilo Silva e Jeovan Patini. Até agora, apenas Tancredi foi preso, enquanto os demais continuam foragidos.