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Peça-chave de Cuca, Tchê Tchê só joga menos que Prass no Brasileiro

Tchegou Tchegando! Polivalente está no 'time ideal' imaginado por Cuca desde quando jogava no Audax. Ele fala ao LANCE! sobre o novo momento da carreira

Tchê Tchê tem dez jogos pelo Verdão 
imagem camerarece (FOTO: Cesar Greco/Palmeiras)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 24/06/2016
20:14
Atualizado em 25/06/2016
08:00

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A final do Campeonato Paulista mal havia acabado, com vitória do Santos sobre o Osasco Audax, quando o telefone de Tchê Tchê tocou. Do outro lado da linha estava Cuca, que fez um pedido ao reforço recém-contratado pelo Palmeiras: “Acelera, porque quero te usar no sábado que vem”.

Tchê Tchê acelerou. Na segunda-feira, dia seguinte à decisão, foi à festa da Federação Paulista para receber o prêmio de revelação do campeonato. Na terça, já estava treinando em Atibaia com o Verdão. No sábado, estreou já como titular e teve boa atuação na goleada por 4 a 0 contra o Atlético-PR, pela primeira rodada do Brasileirão. Dali para frente, o jovem não saiu mais do time.

O jogo contra o Cruzeiro, às 19h deste sábado, no Mineirão, será o 11º de Tchê Tchê pelo Palmeiras. O 11º como titular. Só Fernando Prass, que jogou todos os minutos, tem mais tempo em campo do que ele no Brasileiro.

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- A receptividade dos meus companheiros e do Cuca me ajudou bastante a ter esse bom início de campeonato. Os jogadores me receberam bem, não é um ambiente que tem vaidade. A gente sabe que, quanto maior o clube, mais a vaidade pode aumentar. Então eu cheguei meio com receio aqui, mas vi que não tinha nada disso - disse o polivalente, ao L!.

Se o torcedor do Palmeiras tem uma certeza quase permanente de que Tchê Tchê estará em campo, os adversários devem ficar em dúvida sobre a posição que ele ocupará. Cuca já o utilizou como lateral-direito, lateral-esquerdo, meia, ponta... A função principal, porém, tem sido de volante ao lado de Moisés, compondo uma dupla bem ofensiva. Deu certo contra Santa Cruz e América-MG, no Allianz. A estratégia será mantida hoje, fora, contra a Raposa?

- Sempre tem o que melhorar, mas a nossa principal segurança é que nossa maneira de jogar não muda, dentro ou fora de casa. Eu e Moisés não somos marcadores, mas estamos tentando nos virar ali no meio e vem dando certo – declarou.

Os 22 pontos conquistados deram ao Palmeiras seu melhor início de Brasileirão na era dos pontos corridos e a liderança. Dispara?


OS CAMPEÕES DE MINUTOS

Prass
Goleiro jogou as dez partidas do Campeonato Brasileiro e não precisou ser substituído nenhuma vez. Com isso, acumula 900 minutos em campo, além dos acréscimos. Prass disputou os 35 jogos do Palmeiras na temporada.

Tchê Tchê
Assim como Prass, foi titular em todas as partidas. Só não está empatado com o goleiro porque cansou no fim da vitória por 4 a 3 sobre o Grêmio e foi substituído aos 37 minutos do segundo tempo. São 892 minutos de futebol.

Gabriel Jesus
Atacante também começou como titular em todos os jogos, mas foi substituído contra Fluminense e São Paulo: 877 minutos no total. Jean é o outro que iniciou todas as partidas, mas saiu no intervalo na terça: 855 minutos. Róger Guedes e Moisés completam a lista dos que participaram de todas as rodadas, mas nem sempre desde o início dos duelos.

Confira um bate-bola exclusivo com Tchê Tchê:


Antes de você chegar, Cuca disse que te usaria da mesma forma que no Audax. O que ele te pede?
Ele pede para eu estar solto, fazer o que fiz no Paulista. Claro que aqui é totalmente diferente, sei que o que já fiz ficou para trás, mas ele pede que eu jogue solto, jogue livre. A confiança que eles me passaram foi muito boa, me sinto solto para estar fazendo isso aí. Só tenho que agradecer aos companheiros e ao Cuca.

Algumas pessoas tinham dúvidas sobre você por sua passagem discreta pela Ponte Preta. Por que você não deu certo lá e no Palmeiras se adaptou tão rápido?
O apoio do treinador é o principal. Na Ponte eu não tive oportunidade, joguei apenas um jogo. Mas é um clube que não guardo mágoa, não.
Você sempre foi um atleta versátil, que aparece em todo canto?
Foi mais trabalho do Fernando Diniz. Eu tinha um pouco dessa característica, mas a forma como ele trabalha, como os times dele jogam, facilita bastante. Quando ele chegou, o Audax estava na Série A2 do Paulista. Eu jogava de ponta e ele falou que achava que eu podia render um pouco mais para trás. Eu abracei a ideia dele.

O quanto sua vida mudou desde a saída do Audax até agora?
Ah, muda bastante, né? Eu procuro não me deixar levar por elogios. Tem que manter os pés no chão, porque se as coisas não derem certo nas próximas duas ou três semanas as críticas vão vir. Tem de estar pronto.

Como se sente por ser o atleta de linha com mais jogos no BR?
Significa a realização de um sonho. Quando eu era pequeno sempre sonhei em jogar num grande clube. Estou muito contente de estar aqui no Palmeiras, é uma oportunidade gigantesca para mim. Tenho de aproveitar da melhor maneira.

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