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Palmeiras perde força pelo alto e uma das suas maiores armas de 2016

Na campanha do título, um a cada quatro gols do Verdão saíam em jogadas pelo alto; agora, um a cada dez partidas. Cuca vê atual grupo com uma característica diferente

Palmeiras tem sofrido em jogadas aéreas
imagem cameraCesar Greco
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 03/10/2017
19:09
Atualizado em 04/10/2017
07:00

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Melhor ataque do Brasileirão de 2016, o Palmeiras marcou 16 dos seus 62 gols na campanha do título de cabeça. A jogada aérea era uma arma muito bem utilizada pelo time de Cuca no ano passado, mas em 2017 tem sido pouco eficaz. Nesta edição, foram apenas quatro gols marcados pelo alto, segundo o técnico pela mudança de característica entre um ano e outro da equipe.

Antes, a dupla de zaga Mina e Vitor Hugo era sempre um terror para os adversários quando no campo de ataque. O ex-zagueiro do Verdão, hoje na Fiorentina (ITA), foi, inclusive, quem fez mais gols de cabeça no Brasileiro de 2016, com quatro; o colombiano marcou duas vezes.

Além do camisa 4, já negociado, Mina está recuperando-se de uma fratura no pé esquerdo, e nenhum dos três zagueiros que vêm jogando (Edu Dracena, Luan e Juninho) fizeram gols pelo Palmeiras.

- Nossa equipe não está fadada para jogo aéreo. Tivemos dez escanteios (contra o Santos) e não cabeceamos nenhuma bola no gol. Porque não é a característica do time, com Vitor Hugo, Mina, que tinham o cabeceio fortíssimo. Temos de criar outras alternativas, até por não ter esse perfil hoje no time - pontuou Cuca.

Dono do segundo melhor ataque do Brasileiro com 36 gols (junto do Corinthians e atrás do Grêmio, com 41), o Palmeiras marcou apenas 11,1% de seus gols de cabeça. No ano passado, este tipo de jogada significou 25,8% dos gols marcados pelo time campeão.

Nesta temporada tornou-se uma arma recorrente até cobrar escanteios sem o levantamento para a área. Diante do Santos, uma dessas jogadas ensaiadas por pouco não resultou em um lance de perigo.

Os cruzamentos, em contrapartida, trouxeram poucos riscos, mesmo ainda tendo Moisés, que também fez dois gols de cabeça no ano passado, ou Deyverson, que tem como uma de suas armas a bola aérea.

O problema aumenta, porque ainda assim o Palmeiras é o quinto time que mais erra cruzamentos durante o Brasileiro - 513 vezes, atrás apenas de Flamengo, Atlético-MG, Sport e Atlético-GO.

Cuca terá mais dez dias de trabalho para corrigir este problema, já que o Brasileirão está pausado por conta da disputa das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018. O próximo jogo será apenas no dia 12 de outubro, contra o Bahia, pelo Brasileirão.

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