Fernando Prass absolveu a falha do zagueiro Thiago Martins na derrota palmeirense no clásisco contra o São Paulo, neste domingo, no Morumbi. Para o arqueiro, o lance que originou o gol são-paulino foi formado por uma sequência de falhas consecutivas, incluindo o árbitro Ricardo Marque Ribeiro e outros jogadores do Palmeiras. Com os pontos perdidos fora de casa, para Prass, vencer o Grêmio, quinta-feira, no Pacaembu, às 21h, tornou-se crucial para a sequência da temporada. Não só para manter a invencibilidade como mandante, mas também para dar ânimo ao grupo alviverde.
- Tem o futebol da torcida, que o leigo vê, e o futebol que nós profissionais vemos. Claros que alguns veem de maneira diferentes, outros analisam mais superficialmente. Se for para analisar o lance com muito critério, você vê que tiveram uns quatro ou cinco erros. Nossos e da arbitragem. Erros nossos que foram se acumulando e resultaram no lance final. Muita gente foca só no lance final. Antes de a bola chegar lá, aconteceram três erros que não poderiam ter acontecido e a jogada não rolaria até lá. Não adianta nós analisarmos só a parte final. Estamos sujeitos a erros, qualquer um erra. Acontecem e vao acontecer. Eu já errei muitas vezes e isso é inerente ao jogo. O cara erra gol na frente e nós erramos atrás - disse o goleiro, e complementou na sequência:
- Perdemos dois jogos fora, teríamos de pontuar. Na teoria, precisaríamos de uma vitória fora, contra o Flamengo. Seriam três vitórias, o cenário ideal. Mas o mais importante é contra o Grêmio, por ser o próximo e por ser o líder da competição. Uma derrota para o Grêmio, eles abririam sete pontos. Uma vitória nos deixa a um ponto. É quinta rodada, não vai se decidir nada, mas em termos anímicos, de motivação, é fundamental vencermos.
No Choque-Rei, Fernando Prass foi responsável por uma sequência impressionante de defesas complicadas, principalmente no segundo tempo. Embora tenha feito excelente partida, viu seus companheiros errarem durante boa parte do jogo. Na mesma linha da 'defesa' de Thiago Martins, evitou falar individualmente sobre a atuação dos palmeirense.
- Tínhamos uma estratégia de jogo que não deu muito certo por inúmeros fatores. Na teoria, fora de casa até adequaria mais, porque o mandante subiria as linhas de marcação e teríamos mais campo para avançar. Não conseguimos. É uma das coisas que temos de melhorar. Falei isso quando voltamos de Atibaia: não existe mágica. O Cuca está trabalhando com a gente, demos uma resposta boa, agora começamos a ter as variações. Ele começa a implantar uma maneira e começamos a ver as variações: sem centroavante, dois homens abertos... Não tem o que fazer além de tentar, com a conversa, acelerar esses processos. Temos de aproveitar o tempo no campo para trabalhar, corrigir e melhorar as situações. Temos todas as condições, armas e variações para fazermos o que ele está pedindo. Falta executar de maneira melhor - afirmou.
- Não gosto de individualizar e nem avaliar por setor. Futebol é muito coletivo, ainda mais hoje. Perdemos bolas que originaram contra-ataques do São Paulo, mas temos posicionamento para evitar isso. Temos maneiras de neutralizar. Do meio para frente o que mais acontece são erros. Lá atrás, de 10 tem de acertar 10. Óbvio que erramos muitos, tanto que perdemos o jogo. Mas o Cuca armou um modo de jogar, está testando algumas variações. O que vai afinar é a sequência. Por isso temos de valorizar tanto o treino, que é onde vamos avaliar.