Quando Allione, já nos acréscimos, decretou a vitória do Palmeiras por 2 a 0 em cima do Rosario Central (ARG), uma cena chamou a atenção no Allianz Parque: Fernando Prass, destaque do jogo, saiu da meta e foi abraçar torcedores no Gol Sul. Depois de passar pela maior pressão da carreira, o camisa 1 explicou sua atitude inusitada.
- No contra-ataque eu só joguei junto: "faz, faz, faz, mata, mata". O Allione cortou, o cara bateu nele, fez o gol. Aí eu vi que acabou o jogo, o sofrimento e fui lá porque a torcida foi sensacional. O segundo tempo muito complicado e eles apoiaram, gritaram, cantaram o nome de todos os jogadores, treinador, tiveram uma atitude exemplar. Foi com certeza o diferencial hoje - justificou o camisa 1, eleito o melhor do jogo pela Conmebol.
Entre o gol de Cristaldo e o de Allione, o Palmeiras sofreu muito, especialmente no segundo tempo, em que o Rosario não saiu do campo de ataque. Além de fazer duas importantes defesas, Prass ainda pegou o pênalti cobrado por Ruben, destaque da equipe argentina. O resultado, no fim, não foi correspondente ao que o Verdão sofreu no Allianz Parque.
- Olha, difícil, viu. Não sei se a memória vai me trair, mas acho que não (havia sofrido pressão tão grande quanto a desta quinta). Foram dois tempos distintos. A gente não consegue manter, não tivemos tranquilidade para jogar. Essa pressão, cobrança, e a intranquilidade traz a falta de resultados. Talvez esse resultado de hoje ajude um pouco - completou o goleiro.